A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 acontece com o desfile das delegações pelo rio Sena, cartão-postal da capital francesa, numa promessa de ser a festa de início do evento mais democrática da história. Na prática, por razões de segurança, não é bem assim.
Há um forte esquema de policiamento para que não ocorressem incidentes durante o desfile das delegações, que passam por um percurso de 6 km plo rio Sena a bordo de 85 barcos destinados aos 205 países que competem em Paris 2024. O Time Brasil, um dos mais numerosos, garantiu um barco próprio para participar do desfile.
Durante esse caminho, as delegações passam por alguns dos pontos mais conhecidos da capital francesa, como o Museu do Louvre, Museu d’Orsay a Catedral de Notre-Dame e a Praça da Concórdia. Dos cerca de 10.700 atletas que irão participar das competições, os organizadores calculam que cerca de 7.000 atletas participariam da cerimônia.
Boa parte de Paris foi bloqueada horas antes da cerimônia. Para ter acesso a esses pontos sensíveis é necessário apresentar um QR Code nas áreas de bloqueio. A regra vale tanto para quem adquiriu ingresso para a cerimônia de abertura, como para moradores ou turistas hospedados em hotéis localizados nas áreas controladas e para quem tenha comprado ingressos para museus que ainda estavam abertos dentro das áreas selecionadas.
Ataque
Poucas horas antes da festa de abertura, na manhã desta sexta-feira (26), houve ataques coordenados ao sistema ferroviário de alta velocidade da França. As sabotagens foram feitas em locais afastados, mas cortando rotas ferroviárias para a capital francesa.
Os incêndios aconteceram em cabos elétricos fundamentais para a operação do sistema conhecido como TGV. Segundo a polícia francesa, não há relatos de feridos.
O governo francês não quis classificar o incidente como um ataque terrorista, mas apenas como “ações criminosas”. No entanto a sabotagem em algumas das principais linhas ferroviárias do sistema de transporte gerou o caos nas estações.
Houve atrasos grandes, cancelamentos de viagens, afetando cerca de 800 mil pessoas. Anne Hidalgo, prefeita de Paris, afirmou que os ataques não afetariam a cerimônia de abertura.