Desde que foi punida junto com o Guarani pela confusão instalada em seu estádio, o Moisés Lucarelli, a Ponte Preta tem jogado na reformada Fonte Luminosa, arena de Araraquara. E o clube não vê a hora de retornar a Campinas. Mesmo com ações para convocar o torcedor local e com o bom momento vivido pelo time, os números na cidade não são animadores para os dirigentes campineiros.
A diretoria da Ponte Preta chegou a colocar os ingressos a R$ 10,00 e fez campanha na cidade para que os moradores locais fossem à Fonte Luminosa. Ainda assim, segundo dados do clube, a média de público caiu para 1 800 pessoas; no Moisés Lucarelli, ela estava em sete mil. Em média, o clube tem tido prejuízo de R$ 40 mil a cada partida.
Financeiramente, outro dado que incomoda é a desistência de sócios. O clube ainda não tem número exato de novos inadimplentes, mas percebe a diminuição de seu quadro, já que o principal benefício dos planos, o direito ao ingresso, está menos acessível com o estádio fora da cidade.
Para combater isso, o marketing da Ponte faz caravanas gratuitas para sócios irem à cidade paulista, mas com sucesso limitado. A pior situação está nas partidas em meio de semana, marcadas para a noite. Com a dificuldade do campineiro se deslocar quase 200 quilômetros, o público é ainda menor.
A diretoria do clube não vê meios imediatos para solucionar a ausência de público em Araraquara. Por isso, a ansiedade é pela volta ao Moisés Lucarelli, que deverá acontecer após mais duas partidas em Araraquara. A punição previa cinco jogos fora da região de Campinas.