As eleições presidenciais, a serem realizadas na próxima segunda-feira (3), irão definir qual será o novo mandatário do Cruzeiro: Gilvan Tavares, representante da situação, ou Alberto Rodrigues, opositor. Pelo menos em discurso, o futuro do marketing celeste será bastante similar, independentemente do vencedor nas urnas.
À Máquina do Esporte, ambas as chapas elegeram a manutenção do programa de sócios-torcedores como prioridade da futura gestão. O clube vem enfrentando problemas relacionados a esse ponto desde meados do ano passado, quando o estádio Mineirão foi fechado para obras, em função da Copa do Mundo de 2014.
“Pretendemos intensificar a relação com o torcedor, colocando um novo programa de sócios no ar, com a meta de atingir 100 mil sócios até 2014”, explica Antônio Claret Nametala, vice-presidente da chapa de Rodrigues e ex-diretor de marketing. A referência a ser seguida em termos de associados, diz ele, é o Internacional.
A proposta de Tavares, embora ele não tenha citado objetivos ou meios para fortalecer o sócio-torcedor, tem uma primeira atitude já definida. O candidato de situação, caso vença o pleito, pretende agendar reunião urgente com Antonio Anastasia, governador mineiro, para tentar escapar do pagamento de taxas para usar o Mineirão.
“Fizemos os cálculos e teremos de tirar milhões e milhões para cobrir essas despesas, então teremos de continuar na Arena do Jacaré, na penúria que estamos passando”, justifica Tavares. A reconstrução do programa de sócios-torcedores passa pela decisão sobre a arena a ser usada no ano que vem, de acordo com o candidato.
Por parte da chapa de situação, acerca de outros assuntos relacionados ao futuro do marketing, o homem indicado por Zezé Perrella, que desistiu de continuar na presidência do Cruzeiro para se dedicar ao Senado, descartou terceirizar o departamento. O intuito é reforçar a área com profissionais próprios e melhores condições.
Sobre a atuação da diretoria de marketing recentemente, a oposição, representada por Claret nesse caso, não tem críticas a respeito da atuação de Marcone Barbosa, atual diretor da pasta. “As ações de marketing foram prejudicadas pela falta de estádio, então é um problema conjuntural, e não do marketing”, finaliza o concorrente.