Na madrugada de sábado para domingo, a Rede Globo fez a transmissão do Grande Prêmio do Japão, precisamente às 3 horas. Além do horário, a vitória de Jenson Button e o título de Sebastian Vettel não foram suficientes para levar mais pessoas para a televisão no Brasil. A corrida do último domingo teve a pior audiência deste ano.
Com seis pontos de média, o Grande Prêmio do Japão teve a mesma audiência de outras duas provas na madrugada. Nas corridas da Malásia e da China, o Ibope também registrou seis pontos de média, mas não havia a disputa pelo título na ocasião. A única corrida neste ano que também teve início às 3 da manhã foi na abertura da temporada, na Austrália. A audiência foi de sete pontos de média.
Em 2010, a prova que deu o título para Sebastian Vettel aconteceu em Abu Dhabi, mas em um horário mais privilegiado: às 11 horas. Com a disputa, a Globo conseguiu 17 pontos de média, a melhor audiência com Fórmula 1 em 2010.
O número baixo do último fim de semana revela a queda de audiência na Globo com a Fórmula 1. Neste ano, a média do Ibope tem sido inferior a 11 pontos. Em comparação, em 2008, com Felipe Massa disputando o título, a média ficou em 17 pontos. Na última corrida daquela temporada, em São Paulo, o índice teve o seu recorde naquele ano, com 33 pontos de média.
No fim da temporada passada, a FOM (Formule One Management) chegou a divulgar que a competição teve recordes de audiência em 2010. Um exemplo estava na Alemanha. A vitória de Vettel fez com que as televisões do país alcançassem números que só eram vistos com Michael Schumacher. Isso contribribuiu para que a audiência do campeonato tenha subido de 520 para 527 milhões de telespectadores entre 2009 e 2010, segundo a FOM.
No início desta temporada, no entanto, o discurso já havia sido alterado. Em abril, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, chegou a lamentar publicamente a queda da audiência da Fórmula 1. À revista alemã “Auto Motor und Sport”, o dirigente creditou o interesse menor à falta de emoção vivida pela modalidade atualmente.
Cada ponto no Ibope é equivalente a 58.300 domicílios sintonizados. Os dados da medição consideram apenas a audiência de São Paulo, região de referência para o mercado publicitário.
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