O Corinthians acumula uma dívida atual de R$ 2,311 bilhões. O valor foi divulgado pela diretoria corintiana nesta sexta-feira (13), no “Dia da Transparência”, evento marcado pelo clube para explicar como estão as contas da equipe.
“Recentemente, foram adicionados passivos fiscais de R$ 220 milhões, que são referentes ao passado. Não são referentes à atual gestão. Serão adicionados ao balanço. É parte [débito] municipal federal e parte federal”, contou Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians.
Com a inclusão do novo débito, o clube do Parque São Jorge viu sua dívida total, divulgada no balanço do início do ano, subir de R$ 1,969 bilhão para R$ 2,189 bilhões. Seis meses após o início da gestão do presidente Augusto Melo, eleito no final do ano passado, os débitos somam R$ 2,311 bilhões.
Além do débito fiscal que não havia sido contabilizado, a dívida conta com R$ 703 milhões com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena.
Há um item, chamado de oneroso pelo clube, que inclui débitos com fornecedores, empréstimos, dívidas tributárias vencidas, obrigações sociais e direitos de imagem, além de outras contas e contingências, que soma R$ 675 milhões. Outro débito são parcelas de tributos, que chegam a R$ 591 milhões.
Prazo curto
O mais preocupante, além do valor total da dívida, é a quantidade de débitos que vencem nos próximos três anos, durante a gestão de Augusto Melo. Um total de R$ 1,215 bilhão terão que ser quitados entre 2024 e 2026, período de mandato do atual presidente.
Esse valor corresponde a 52,6% do total da dívida que o Corinthians enfrenta atualmente. Apenas em 2024, o clube terá que pagar R$ 357 milhões em dívidas. Desse total, R$ 195 milhões são do item oneroso, R$ 92 milhões referem-se à arena, e R$ 70 milhões são tributárias.
Para efeito de comparação, se o Corinthians mantiver a arrecadação recorde que conseguiu no ano passado (R$ 895 milhões), destinará 39,9% de seu faturamento apenas para o pagamento das dívidas.
Janela de transferências
A diretoria também apresentou um balanço das aquisições e vendas do Corinthians durante a janela de transferências.
O clube somou as saídas de Raul Gustavo, Carlos Miguel, Fausto Vera e Wesley, que teriam gerado uma economia, entre custos e receitas com vendas, de R$ 80 milhões.
Já a chegada dos reforços para o restante da temporada acarretaram custos de R$ 61 milhões com direitos federativos e salários.
Nessa conta, entraram as chegadas de Hugo Souza, Alex Santana, André Ramalho, Charles, José Martinez, Hector Hernandez, André Carrillo, Talles Magno e Memphis Depay, principal contratação de 2024.
“Com o final da janela, a gente trouxe um superávit de R$ 19 milhões para mostrar que o Corinthians está sendo feito com muito planejamento e muita responsabilidade”, destacou Silveira.