Desde setembro, o Fortaleza está com o seu plano de sócio-torcedor suspenso, mas o clube já marcou data para o lançamento de um programa substituto. No dia 2 de dezembro, a diretoria apresenta oficialmente o seu novo projeto, que será gerido pelo Mitt, o Movimento Independente da Torcida Tricolor.
O Mitt é uma associação de torcedores feita para angariar fundos para o Fortaleza. Não se trata de uma torcida organizada, mas um grupo de pessoas que gerem aquilo que foge da capacidade do clube, com parceria das diretorias vigentes. Atualmente, o órgão já administra os sócios proprietários da equipe, que conta com 400 pessoas.
O Fortaleza mantinha seu programa de sócio-torcedor que era gerido por uma empresa terceirizada, a Premier. O contrato, no entanto, foi rompido em setembro por desavenças com o clube. Um exemplo do problema vivido era que a agência não liberava os dados de cadastro dos torcedores, deixando a diretoria do clube sem informações de seu principal público.
Com o novo projeto, o clube sai do zero em seu sócio-torcedor, já que o antigo projeto foi fechado. Sem o Castelão e com estádios com menor capacidade de público, o Fortaleza inicia a venda de seu novo programa com um número limitado. Apenas sete mil poderão ser inscritos, pelo menos até a Copa do Mundo de 2014.
O Fortaleza ainda não definiu os preços, mas já sabe que terá mais de uma modalidade. A ideia é lançar um programa mais básico em que o torcedor paga uma anuidade e tem desconto de 50% na aquisição do ingresso. Em pacotes mais avançados – e mais caros –, o torcedor terá o direito de entrar em todas as partidas.
A organização do Mitt inclui dois analistas de sistema do próprio grupo que irá comandar a operação. Ainda assim, no mínimo um gestor deverá ser contratado, para trabalhar integralmente no projeto. Finalizado o projeto, a associação de torcedores ficará com 25% dos lucros, que terão que ser investidos no clube conforme a preferência dos próprios administradores do órgão.