A Portuguesa era um dos membros do Clube dos 13, associação que ruiu nas negociações deste ano para os direitos televisivos do Campeonato Brasileiro. Com a subida da equipe à Série A, o clube deverá ter um aumento significante em sua receita com televisão, em um contrato com apenas um ano de validade.
A diretoria da Portuguesa já estava negociando com a emissora global um valor para caso subisse à Série A. Com a classificação ratificada, o contrato deve ser assinado nos próximos dias, ainda que o clube almeje uma valorização mais alta do que a que foi proposta.
A oferta da Rede Globo foi de um contrato de R$ 22 milhões. Pelo acordo vigente, fechado ainda com o Clube dos 13, a Portuguesa recebe R$ 13 milhões anuais. Se estiver na Série B, como aconteceu neste ano, o valor cai pela metade.
Apesar de o clube já ter aceitado as condições, a diretoria da Portuguesa ainda luta por uma valorização antes de assinar de fato com a Globo. “Até fechar o contrato, nós lutaremos para ganhar R$ 40 milhões”, afirmou o presidente do clube, Manuel Da Lupa.
A luta da presidência da Portuguesa se resume a esse esforço para um aumento no valor; o tempo de contrato foi uma condição aceita pela Portuguesa. A maioria dos clubes da Série A acertaram um acordo de quatro anos, para até 2015, com a Globo.
Com a classificação à Série A, a Portuguesa se livra de receber uma quantia menor do que recebe atualmente. Como agora o clube negocia individualmente, o valor seria pendente à divisão em que o time se encontra. “Direito de televisão da Série B é para pensar em se enforcar”, brincou Da Lupa.
Recentemente, a baixa renumeração na segunda divisão do Campeonato Brasileiro já virou motivo de insatisfação pública de outro membro do Clube dos 13. O Guarani alega que os problemas financeiros vividos pela agremiação neste ano são oriundos da ausência de adiantamentos da associação, prática realizada nos últimos anos pelo C13.
Como os direitos televisivos do Guarani em 2012 serão negociados individualmente, já não há mais essa possibilidade atualmente. O problema vivido pelo time campineiro é que televisão representava a sua maior fonte de renda. Hoje, a equipe corre risco de ser rebaixada à Série C do Campeonato Brasileiro.