Suspeito de lavagem de dinheiro, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, foi intimado a depor na Polícia Federal. Ele é aguardado nas próximas 48 horas.
A Delegacia de Crimes Financeiros já ouviu Guilherme Teixeira, irmão do presidente. O pedido de investigação contra ambos foi feito pelo procurador da República Marcelo Freire, e o inquérito tem proteção de sigilo de Justiça.
A investigação tem como principal foco a Sanud, empresa que tem sede em Luxemburgo. O Ministério Público Federal (MPF) quer analisar a evolução patrimonial dos irmãos Teixeira e da companhia.
Nesta quarta-feira, o jornalista inglês Andrew Jennings, um dos maiores detratores de Teixeira, esteve em audiência da comissão de Educação do Senado. Ele apresentou documentos que mostram que o mandatário da CBF e João Havelange, ex-presidente da Fifa, teriam recebido mais de US$ 60 milhões em subornos da empresa de marketing esportivo ISL.
Jennings mostrou uma série de documentos obtidos na Justiça da Suíça, e a lista de operações inclui a Sanud como beneficiária como empresa de fachada.