A Copa do Mundo em Manaus poderia ser, para os clubes da cidade, uma oportunidade para fortalecer o futebol local. Mas, segundo o Nacional, essa oportunidade tem sido desperdiçada. Sem estádio para jogar e sem expectativa de ganhos sobre o reformado Vivaldão, o clube já estuda a construção de uma arena própria.
Para o diretor de marketing do Nacional, Dahn Israel, faltou atenção aos clubes da região no planejamento para a Copa do Mundo. “O futebol do Amazonas é tão desprestigiado que ninguém, nem federação, nem imprensa, nem empresas locais se atentaram para os problemas dos times”, afirmou.
O questionamento está na falta de local para jogos dos times serem realizados com condições mínimas. O principal palco da cidade era o Vivaldão, que será transformado em Arena da Amazônia para a Copa do Mundo. Até a conclusão de suas obras, os times de Manaus usam as instalações do Sesi da cidade, com capacidade para 5 mil pessoas.
A perspectiva para o futuro também não é positiva. Até o momento, não houve nenhum acordo entre a empresa que administrará a Arena da Amazônia e os clubes. “Jogar em um estádio tão grandioso é insustentável para as equipes do Estado atualmente”, lamenta Israel.
Nessa situação, o Nacional já planeja a construção de sua própria arena. O projeto para 10 mil pessoas seria arcado com a venda do atual centro de treinamento do clube, localizado em área nobre de Manaus. Apesar de o plano ser mais simples que o Vivaldão, ele seria financeiramente mais viável à equipe.
O trabalho atual do Nacional é ambicioso para que o time se torne mais atraente aos manauenses. Nesta quinta-feira, a diretoria do clube fechou com a agência de marketing esportivo Bem Marketing, que terá como missão trabalhar a marca da equipe para ela ter mais sócios e mais torcedores locais. Com contrato de um ano com preferência para mais três, a agência terá que reunir patrocínios, cuidar da comunicação do clube e lançar produtos licenciados.