A Adidas fez oferta de R$ 350 milhões em um contrato de dez anos ao Flamengo para derrubar a Olympikus, atual fornecedora de material esportivo da equipe. O acordo está sendo costurado pela Traffic, parceira do clube, diretamente entre a matriz da companhia, na Alemanha, e Patrícia Amorim, presidente flamenguista.
A empresa está disposta a pagar a multa rescisória de R$ 10 milhões existente no contrato entre Flamengo e Vulcabras/Azaleia, detentora das marcas Olympikus e Reebok no Brasil. Com a realização da Copa do Mundo em 2014, a Adidas incluiu na proposta a ideia de montar um “QG da Copa” no Rio de Janeiro e reformar estruturas do clube.
O negócio ainda não foi assinado, mas a conversa está em estágio avançado. E tudo está sendo tratado sem conhecimento da Olympikus, atual parceira do Flamengo. Procurada pela Máquina do Esporte, a empresa do grupo Vulcabras/Azaleia não quis comentar o assunto.
O cenário lembra um pouco o que aconteceu quando a Olympikus entrou no Flamengo. O acordo que marcou a entrada da marca no futebol foi oficializado em 2009, depois do término do vínculo da equipe com a Nike. Meses antes, porém, a diretoria rubro-negra chegou a acionar a Justiça para antecipar o desenlace. Por conta disso, o time rubro-negro usou uniformes em que os três aros do símbolo da atual parceira foram substituídos por três pontos de interrogação.
Caso a Adidas obtenha sucesso, o Flamengo será novamente o detentor do maior contrato de material esportivo da América Latina. Quando a Olympikus entrou, os R$ 21 milhões anuais desembolsados pela companhia eram o recorde da região – a Nike pagava R$ 7,5 milhões por temporada à equipe carioca.
Como comparação, o Real Madrid possui um dos maiores contratos de fornecimento de artigos esportivos do mundo. Da mesma Adidas, recebe 42 milhões de euros por ano, ou pouco mais de R$ 99 milhões.