O imbróglio que paralisou a temporada da liga profissional de basquete dos Estados Unidos (NBA) terá nesta semana um capítulo decisivo. Em entrevista à ESPN do país, o comissário da competição, David Stern, deu um ultimato aos atletas e cobrou uma posição definitiva sobre o futuro do torneio.
A última proposta feita pela NBA aos atletas é que eles fiquem com 51% do total de receitas, desde que a competição atinja um limite pré-estabelecido. Se esse montante não for alcançado, os jogadores repartiriam 49% do bolo.
“Se eles não aceitarem a atual oferta até quarta-feira, vai entrar em vigor uma proposta com teto de 47% de receitas”, avisou Stern na entrevista.
A divisão percentual ainda não foi aceita pelos atletas, e esse é o cerne da confusão que paralisou a liga. Os jogadores querem uma fatia maior das receitas da liga, e isso impede a assinatura de um novo contrato de trabalho geral para a competição.
“Nós achamos que existe uma boa oferta na mesa. Falamos para os jogadores que está ficando tarde. O que está acontecendo na nossa indústria pode ficar pior”, projetou Stern.
Desde o início do locaute, 400 pessoas já perderam empregos em funções ligadas à NBA. Além disso, pesquisa realizada pelo instituto Poll Position com 1.179 pessoas do país identificou que 76% do público não sente falta do certame.
O restante do público que respondeu à pesquisa é dividido igualmente entre os 12% que sentem falta da NBA e os 12% que não souberam ou não quiseram dizer o sentimento em relação ao torneio.