Nunca houve um time no futebol inglês com um prejuízo tão alto quanto o do Manchester City na última temporada. Turbinado pelo investimento de seu novo proprietário, o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, o time de Manchester encerrou 2010∕2011 com uma perda de 194,9 milhões de libras (R$ 546,6 milhões).
Em outubro deste ano, o dono do City encabeçou uma lista feita pela revista inglesa “Fourfourtwo” com os empresários mais ricos do futebol local. A fortuna dele está estimada em 23,2 bilhões de libras (R$ 65 milhões).
Desde que ele assumiu o controle do clube, instaurou uma política de contratações focada em jogadores renomados e de alto valor comercial. Essa é a principal razão do alto prejuízo.
Curiosamente, o Manchester City bateu um recorde que pertencia a outro emergente. Anteriormente, a maior perda em um ano no futebol local havia sido registrada em 2005, quando o Chelsea teve déficit de 141 milhões de libras (R$ 395,4 milhões).
O City já havia registrado um déficit considerável na temporada 2009∕2010, quando fechou o ano com prejuízo de 126 milhões de libras (R$ 353,4 milhões). Os sucessivos resultados ruins colocam o clube no foco da Uefa, entidade que gerencia o futebol europeu e briga atualmente por uma política de austeridade financeira na modalidade.
No entanto, o City já tem planos para amenizar o prejuízo nos próximos anos. A primeira ação é o incremento do patrocínio da Etihad, companhia aérea que comprou os naming rights do estádio da equipe. Esse contrato adicionará 35 milhões de libras (R$ 98,1 milhões) ao resultado da atual temporada.
O plano de recuperação do City também é baseado no crescimento do faturamento. A equipe atingiu 153,2 milhões de libras (R$ 429,6 milhões) de resultado comercial na última temporada.