Nesta quinta-feira, atletas e técnicos da Federação Paulista de Atletismo (FPA) recebem as últimas aulas de gestão financeira de um curso de dois dias realizado nesta semana. A iniciativa é um trabalho voluntariado do HSBC, que detectou a deficiência na questão educacional no esporte.
Por trás do projeto da HSBC Asset Management, está a executiva do banco Nancy Pinilla, que apontou o esporte como um novo caminho para a ação social da empresa. “Mesmo quando existe um clube ou federação para apoiar um atleta, a atenção dada é por questões como transporte, alimentação ou estruturas, mas a educação não é lembrada”, afirmou.
O trabalho consiste em orientações práticas para a vida financeira de cada atleta. A ideia é que os envolvidos saibam lidar melhor com o dinheiro que recebem, sem cometer exageros e sem deixar de pensar em um futuro mais tranquilo. “Às vezes um atleta recebe uma bolsa de R$ 1 mil e a primeira coisa que faz é uma dívida para comprar um celular”, exemplificou Pinilla.
A executiva foi casada com um atleta olímpico e coloca essa envolvimento pessoal para o investimento na área. Para ela, questões básicas de educação são constantemente deixadas de lado em atletas de alto rendimento.
Com essa ideia, o HSBC Asset Management entrou no esporte. O braço social do banco existe há cinco anos, com a maior parte de seu envolvimento em Curitiba, e nunca com o esporte diretamente. O plano agora é tentar ampliar a atuação na área e em outras regiões do Brasil.
O HSBC tem como costume se envolver em esportes voltados para a elite, seu perfil de consumidor. O banco faz patrocínios envolvendo golfe e rúgbi.
O projeto do HSBC Asset Management, no entanto, não pode ser considerado um patrocínio da instituição financeira. Os cursos são organizados pela empresa, mas não há investimento direto, e as palestras são feitas por voluntários.