A Fifa nomeou o executivo Mark Peith como chefe do comitê de governança da entidade. Ele apresentou nesta semana o primeiro relatório do órgão, sugeriu uma reformulação que já teve respaldo da cúpula da instituição e deve dar início a um processo de “ficha limpa” para dirigentes. Mas isso não valerá para o passado desses personagens.
O relatório de Pleith expõe uma série de problemas relacionados ao modelo de gestão da Fifa. Ele propõe fiscalização periódica de membros eleitos, regras claras para a escolha desses dirigentes e a exigência de “ficha limpa” para trabalhar na entidade.
Na prática, assim como aconteceu em lei que foi discutida no congresso brasileiro, o que Pleith defende é que a Fifa não possa contratar pessoas que tenham sido condenados ou que respondam a processos por diferentes motivos.
O relatório de Pleith ainda tem uma série de ações com intuito de inibir a corrupção na Fifa. Há a ideia de criar um comitê de ética mais independente e mais poderoso, por exemplo. E a proposta de controle ferrenho sobre o dinheiro distribuído a confederações.
“A Fifa deve introduzir um sistema em que o comitê de ética cheque constantemente os membros eleitos”, disse Pleith, que ainda não tem um comitê plenamente formado. A primeira reunião oficial do grupo que ele comanda deve ser feita apenas em dezembro.
A contratação do executivo e a criação do comitê de governança têm ligações diretas com a crise que a Fifa viveu neste ano, nos dias que precederam a reeleição do presidente Joseph Blatter. A entidade viu pulularem uma série de esc”ndalos envolvendo compra de votos e troca de influências, e isso acarretou no afastamento de dirigentes que são inimigos políticos do mandatário.