O Goiás, depois de descender à segunda divisão do Campeonato Brasileiro em 2010 e não conseguir voltar à elite em 2011, vive uma situação rara entre as principais equipes do país. A ausência de patrocinadores faz com que a camisa alviverde esteja totalmente limpa – e ela deve continuar, porque o clube diz não ter pressa para achá-los.
“Nós temos negociações em andamento, propostas recebidas, mas até agora não achamos nenhuma que seja interessante. Esperávamos uma negociação para o início do ano, mas não temos pressa. Queremos um contrato legal e temos até o fim do Goiano para fechar”, conta Marco Goulart, gerente de marketing da equipe esmeraldina.
Uma das principais razões pela tranquilidade ao falar da escassez de parceiros é o contrato acertado com a Rede Globo no início deste ano. Em março, a equipe goiana vendeu os direitos de transmissão do Brasileiro entre 2012 e 2015 para a emissora carioca. Se antes recebia R$ 11 milhões anuais do Clube dos 13, esse valor foi reajustado.
Com o dinheiro pago pela Globo, o Goiás garante ter boas condições financeiras para iniciar a próxima temporada. Durante o Estadual, admite a possibilidade de acertar patrocínios pontuais, mas, segundo Goulart, apenas se a oferta for convincente. “Senão teríamos jogado partes da Série B com patrocínio, mas não achamos interessante”, diz.
O clube ficou sem cotista máster quando a Hypermarcas decidiu retirar a NeoQuímica do peito da camisa alviverde. O laboratório era parceiro da equipe antes de o grupo realizar a aquisição, e o patrocínio chegou a ser mantido por algum tempo. Mas a filosofia de investimento mudou, e a empresa passou a concentrar esforços no Corinthians.