Diante de negociações de patrocínio para 2012, não só a Copa Santander Libertadores tem sido usada pelo Vasco para convencer empresas a apostar na equipe. O marketing cruzmaltino se apoia na participação de torcedores em comunidades do clube na internet, no Twitter e no Facebook, para oferecer retorno mais consistente.
Na apresentação levada pelos profissionais vascaínos às empresas, há breve descrição sobre o modo no qual essas redes eram tratadas anteriormente. Em 2009, ano de posse de Roberto Dinamite, o site oficial era feito por terceiros, a atuação em mídias sociais era nula e se registrava o crescimento de redes não-oficiais, como o “NetVasco”.
Após começar a apostar de forma mais sólida na internet a partir de 2010, com ações interativas com a torcida para a escolha de modelo de terceira camisa, pintura do estádio São Januário, reforma no vestiário e quem iria usar o número 113 em determinado jogo, o Vasco chega agora, ao fim de 2011, com cerca de 480 mil fãs no Facebook.
O número ainda é inferior a outros times. O Corinthians, por exemplo, tem 1,5 milhão de seguidores na rede de Mark Zuckerberg. O Flamengo, 1,2 milhão. Mas o Vasco tem usado o grau de atividade de seu público para bater esses times. O número de interações com essa rede após jogos tem balizado a argumentação vascaína.
O Corinthians, após a vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, teve 12,7 mil “curtir” e 4,8 mil “compartilhar” no Facebook ligados ao assunto. O Flamengo, contra o Internacional, também na penúltima etapa, registrou 2,5 mil “curtir” e 307 “compartilhar” após a vitória por 1 a 0.
O Vasco, por sua vez, teve 21 mil “curtir” e 26 mil “compartilhar” relacionados à vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, na mesma rodada. “Nossa audiência é participativa”, resume Marcos Blanco, diretor de marketing da equipe. “Ter um torcedor engajado é muito melhor, um fruto do nosso trabalho de interatividade na internet”.