O Flamengo chega ao fim da temporada com a mesma indefinição que enfrentou durante boa parte dela: quais serão os patrocinadores com espaço na camisa rubro-negra. Para o ano que vem, a situação é ainda menos animadora, em função do impasse com a Traffic. Mas o clube garante não depender da parceira para conseguir marcas.
Apesar de não haver nenhuma conclusão sobre o futuro do acordo entre as partes, o vice-presidente de marketing da equipe carioca, Henrique Brandão, afirma que a agência está no mercado à procura de negócios para 2012, bem como o próprio estafe flamenguista. “Não vamos ficar esperando patrocínio”, garante o dirigente.
Como a empresa está ao lado do clube desde o início do ano, quando, em janeiro, viabilizou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo admite dar preferência a ela caso surja algum negócio. “Se alguém aparecer e fizer uma proposta considerável, eles terão prioridade, mas não quer dizer que iremos desconsiderá-la”, ilustra.
O principal impedimento para algum denominador comum, até o momento, é a preferência que a Traffic está demandando para assinar contrato. A empresa de J. Hawilla, responsável por arcar com a maior parte do salário de Ronaldinho, quer ter alguma garantia de retorno financeiro mesmo que terceiros levem propostas.
A preocupação da agência de marketing esportivo se justifica pela atuação da 9ine, empresa pertencente a Ronaldo, Marcus Buaiz e grupo WPP, responsável por conseguir o patrocínio de R$ 6,6 milhões da Procter & Gamble até o fim deste ano. “Mas o Flamengo também quer garantia, por isso a negociação está longe de fechar”, conta Brandão.
Por parte do clube, segundo o vice-presidente de marketing, o principal receio é assinar um contrato que dê exclusividade ou preferência sobre os negócios à Traffic, e a parceira não conseguir acertar nenhum patrocínio, como aconteceu entre janeiro e agosto. Durante todos esses meses, a empresa fracassou ao captar aportes.
O contrato entre Flamengo e Traffic ainda compreende outros projetos, como a gestão do programa de sócios-torcedores. O clube ia revitalizar essa área quando, no fim de 2010, a agência manifestou disposição em administrá-la. Bem como em relação aos patrocínios, Brandão diz prosseguir trabalhando na questão mesmo sem solução.