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Por cobertura, São Paulo se aproxima do governo

Cobrir arquibancadas fere lei de zoneamento, que terá de ser mudada O São Paulo se orgulha, no discurso de todos os dirigentes requisitados para falar…

Cobrir arquibancadas fere lei de zoneamento, que terá de ser mudada

Cobrir arquibancadas fere lei de zoneamento, que terá de ser mudada

O São Paulo se orgulha, no discurso de todos os dirigentes requisitados para falar sobre o assunto, de não precisar de dinheiro público para executar projeto composto por cobertura do estádio Morumbi, novo espaço para shows e hotel. Mas o clube irá precisar de “ajuda” da prefeitura nos bastidores para fazer o que prometeu.

A arena já está no limite do “potencial construtivo” imposto pelo poder público. Caso conclua a cobertura, as arquibancadas passarão a ser consideras como área construída, e portanto a lei de zoneamento por região seria ferida. Diante desse impasse, Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino, fez os primeiros movimentos nesta terça-feira (20).

No evento organizado para apresentar o projeto ao público, estiveram presentes Gilberto Kassab, prefeito da cidade de São Paulo, e outros políticos assumidamente são-paulinos. Ao lado de Marco Aurélio Cunha, vereador, e José Police Neto, presidente da C”mara Municipal paulistana, Juvêncio discursou, trocou elogios, riu e os abraçou.

“Tem coisas que são ilegais, mas quando você tem ética e transparência, você envia o projeto para a C”mara Municipal, aprova o projeto, e se torna legal”, afirmou Kassab, outro que assume torcer para o São Paulo publicamente, durante o evento desta terça. E o presidente tricolor espera ter agilidade para finalizar esse processo.

Juvêncio foi mais otimista e disse que “as obras começarão já em 60 dias, caso a prefeitura aprove nos próximos 40 dias”. A previsão de início da reforma foi posteriormente amenizada por José Francisco Manssur, assessor da presidência são-paulina, que apenas previu que a reforma terminará 18 meses após o início das obras.

O caso se torna curioso também porque os dois principais rivais do São Paulo, Corinthians e Palmeiras, passaram por processos parecidos recentemente. Os corintianos conseguiram agilizar o processo em função da chegada da Copa do Mundo de 2014, mas os palmeirenses só o concluíram depois de dois anos de tentativas.

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