O Flamengo reformulou o seu projeto para patrocinadores de uniforme. O clube definiu preços e espaços para poder ir ao mercado, dessa vez negociando por conta própria, sem exclusividade com a Traffic. A expectativa é que em 30 dias o marketing flamenguista comece a fechar os primeiros negócios.
O acordo com a Traffic foi a principal mudança para este ano. Em 2011, o clube dava exclusividade à agência, em negociação que envolvia a chegada de Ronaldinho Gaúcho à Gávea. O acordo ficou apalavrado, ainda que um contrato não tenha sido assinado.
Agora, o Flamengo irá ao mercado para buscar parceiros de maneira direta. O clube também poderá buscar outras agências para negociar novos contratos. Em 2011, esse foi o método encontrado para acertar com a Procter & Gamble no segundo semestre. Mesmo com o acordo verbal com Traffic, o clube fechou por meio da 9ine, após ficar sete meses sem suporte máster.
Para este ano, o Flamengo irá ao mercado com propriedades que variam de R$ 3 milhões a R$ 20 milhões. A mais valiosa, claro, é para o aporte máster, no peito da camisa. A condição é que esse seja o valor líquido para o clube, já descontadas as possíveis porcentagens para agentes envolvidos nas negociações.
Sem esperar um grande grupo comercial para fechar o uniforme, o Flamengo aposta na venda de diversas propriedades do uniforme de forma individual. O clube irá dividi-lo em várias cotas para obter uma receita maior, como tem acontecido com a maioria dos clubes brasileiros.
Essa divisão em várias propriedades é o que deverá resolver a situação entre o clube e a Traffic, que paga a maior parte dos salários de Ronaldinho. A agência acertou que ficaria responsável pela comercialização da barra traseira do uniforme, com direito a toda verba adquirida na negociação. O contrato, no entanto, ainda não foi assinado.