Se no futebol participar da Copa Santander Libertadores é o principal objeto de desejo de todos os clubes, no basquete, disputar a Liga Sul-Americana ou outro campeonato continental divide opiniões. Por um lado, há incremento na exposição do time, e consequentemente das marcas que o patrocinam, mas, por outro, há desgaste físico.
O Uniceub/BRB/Brasília, por exemplo, jogou contra o São José/Unimed/Vinac na noite da última quinta-feira (26). No próximo sábado, enfrenta o Cia do Terno/Romaço/Joinville. Mais dois dias depois, na segunda, joga contra o Tijuca/Rio de Janeiro. E na terça, dia 1º de fevereiro, viaja para a Argentina para disputar a Liga Sul-Americana, até o dia 5.
“Pelo aspecto mercadológico, em exposição, é sempre bom, porque o basquete passa a ocupar mais espaço na mídia, mas o calendário precisa ser revisto, para que permita ao jogador participar das competições sem tanto desgaste físico”, analisa Rodrigo Costa, diretor de marketing da Uniceub, universidade responsável por administrar a equipe.
A deficiência do calendário brasileiro de basquete, na verdade, também existe em outras modalidades, como o futebol. “É um problema generalizado, porque a turma do futebol também reclama, por ser apertado, por ter vários campeonatos em paralelo, pelo desgaste físico dos jogadores, do time inteiro, que não sabe em que focar”, admite o diretor.
A dificuldade em conciliar competições e pagar as despesas de todas elas faz com que torneios continentais, como a Liga das Américas, sejam recusados por equipes. O Unitri/Universo, recentemente, resignou da possibilidade de jogá-la, após um time uruguaio ter desistido também por deficiências. A vaga sobrou para o Joinville.