A crise econômica causou as primeiras consequências contundentes no esporte da Grécia. Nesta segunda-feira, a federação local anunciou o cancelamento da segunda e da terceira divisão do campeonato nacional de futebol.
A decisão foi motivada pela situação econômica do país, um dos epicentros da atual recessão. O governo local negocia com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um pacote de condições para viabilizar ajuda financeira à economia grega.
No último domingo, Lukas Papademos, primeiro-ministro grego, anunciou que havia conseguido um acordo com os três partidos políticos que sustentam o governo para negociar condições para um aporte financeiro. O receio é que a situação chegue a um nível incontrolável e que o país tenha de declarar falência.
Em meio a esse cenário, o futebol grego não tem conseguido viabilizar seus campeonatos. O problema é ainda maior nas divisões de acesso, e a federação decidiu interromper os dois torneios a partir do dia 13 de fevereiro.
A situação só vai mudar se a federação grega conseguir patrocínios ou se alinhavar um acordo com a empresa de apostas OPAP, que havia assinado em maio de 2011 um contrato com a entidade.
No fim da última temporada, preocupada com brigas entre torcedores e outras manifestações de violência em jogos gregos, a OPAP decidiu interromper o patrocínio.
