No fim de 2012, o Paraná se reuniu com os outros dez times que disputarão a segunda divisão do Campeonato Paranaense para acertar o adiantamento do calendário do torneio. O objetivo não foi cumprido, e o clube acusa a Federação Paranaense de Futebol (FPF) de ter dificultado a questão.
Rebaixado para a segunda divisão em 2011, o Paraná alega que, no atual formato, o campeonato atrapalha o clube durante a temporada. O problema é que a divisão de acesso tem início apenas em maio e será disputado paralelamente à Série B do Campeonato Brasileiro. Neste ano, a estreia oficial do time será apenas no dia 7 de março, pela Copa Kia do Brasil.
Para o Paraná, há poucas partidas no primeiro semestre e muitas no segundo, quando a Série B será a prioridade. Para o vice-presidente de marketing do clube, Wladimir Carvalho, o paranaense nesse formato será difícil para o clube. “É um campeonato fraco, que não gera patrocínios”, afirmou.
Segundo o dirigente, o Paraná convenceu oito dos dez outros participantes a mudar a data, mas não conseguiu o aval da federação. Mesmo com a maioria dos clubes a favor, situação que foi exigida pela entidade, o campeonato não teve suas datas alteradas.
O assessor da presidência da FPF, Orlando Colaço, é enfático ao negar as afirmações dadas pelos dirigentes do Paraná. “Isso é mentira. Eles fizeram apenas duas reuniões com os clubes, e agora fazem essas declarações por questões políticas”, afirmou.
Colaço afirma que os clubes não aceitaram a mudança de calendário proposta pelo Paraná, mas apenas se dispuseram a alterar a data caso suas necessidades fossem atendidas. Para o dirigente, havia um pedido por compensação financeira pela mudança de data, que alteraria o planejamento das equipes.
Sem acordo, o Paraná mira o acréscimo de sócios para incrementar a receita. Para isso, usará o técnico Ricardinho para atrair novos torcedores. O clube, no entanto, terá lidar com suas ações em um período de pelo menos mais um mês sem uma partida oficial.