Adidas e Puma, duas das principais marcas de materiais esportivos do mundo, divulgaram seus resultados financeiros de 2024 e tiveram resultados distintos. A marca das três listras voltou a lucrar, enquanto sua compatriota viu os ganhos diminuírem.
A Adidas aumentou sua receita em 11% em comparação com o ano anterior, para € 23,69 bilhões. O lucro operacional da marca alemã saiu de € 268 milhões para € 1,337 bilhão, um salto de 398%. Em comparação com 2023, a margem bruta subiu 3,3 pontos percentuais, para 50,8%.
Olhando apenas para o quarto trimestre fiscal de 2024, a receita cresceu 24% e atingiu € 5,964 bilhões em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa teve prejuízo nesta época em 2023, de € 377 milhões, e se recuperou para um lucro de € 57 milhões.
“Vemos claramente que o interesse dos consumidores e varejistas nos nossos produtos está crescendo tanto em estilo de vida quanto em desempenho. O forte crescimento em todas as regiões e divisões prova o bom trabalho que nossas equipes estão fazendo em todas as regiões e funções”, comentou Bjorn Gulden, CEO da Adidas.
“Então, embora ainda não estejamos onde queremos estar a longo prazo, estou muito feliz com esse desenvolvimento, que foi muito melhor do que esperávamos. Ainda temos muito a melhorar, mas estou muito orgulhoso do que nossas equipes e pessoas alcançaram em 2024”, completou.
Puma
A Puma não teve um bom resultado. A marca relatou um lucro líquido de € 282 milhões em 2024, uma queda de 7,5% em comparação com 2023, quando registrou superávit de € 305 milhões.
Ainda assim, as vendas da empresa cresceram 4,4% durante o ano, para € 8,8 bilhões.
Um dos motivos para a diminuição do lucro, de acordo com a empresa, foi o aumento das despesas líquidas de juros. Como consequência, a Puma deverá executar um programa de corte de custos, que terá como foco otimizar custos diretos e indiretos a partir da alocação de recursos.
Segundo a empresa, o plano, chamado de “nextlevel” (“próximo nível”, em tradução livre), inclui mudanças relativas a despesas com pessoas. Porém, não ficou claro se as movimentações envolverão demissões de funcionários.
“Embora tenhamos alcançado um sólido crescimento nas vendas em 2024 e feito progressos significativos nas nossas iniciativas estratégicas, não estamos satisfeitos com nossa lucratividade”, avaliou Arne Freundt, presidente-executivo da Puma.
“Combinado com ações decisivas já tomadas, implementaremos mais medidas de controle de custos em 2025. Enquanto continuamos a operar em um ambiente dinâmico, somos encorajados por nosso crescimento melhorado ao longo de 2024 e esperamos que 2025 cresça mais forte do que 2024”, acrescentou.