O Flamengo não conta mais com a parceria com a Traffic. Após um ano de união, o clube resolveu romper as relações com a agência, que havia chegado ao clube em negociação que viabilizaria comercialmente a ida de Ronaldinho Gaúcho à equipe carioca. Em 2011, a parceria passou por diversas turbulências, que chegaram ao estopim nesta semana.
Neste momento, foram dois assuntos que irritaram a direção do Flamengo. Primeiro, a indecisão quanto à solução dada para Ronaldinho, que consistia em ceder a barra da camisa para a agência, que pagaria parte dos salários do jogador. O local acabou comercializado com a Cosan na última semana. Outro fator foi o modo como a Traffic teria lidado com o programa de fidelidade do clube.
No acordo inicial, a agência seria responsável pelo programa, que não foi lançado em 2011. Neste ano, a agência apresentou um plano para o clube, e queria que o contrato fosse assinado juntamente com o texto que resolveria a questão de Ronaldinho Gaúcho.
Segundo a direção do clube, não houve acordo quanto ao modelo de fidelidade apresentado pela agência. O Flamengo fez, então, uma lista de considerações, para melhora do projeto. Essas sugestões teriam sido ignoradas pela Traffic, que estaria com pressa para assinar o contrato final. A empresa não atendeu aos telefonemas da Máquina do Esporte.
A situação irritou a cúpula flamenguista pela última vez, já que a relação entre as duas partes não era positiva. Quando assinaram o contrato, a Traffic se comprometeu a buscar patrocínios para o clube, em que uma quantia fixada iria para a agremiação e o excedente passaria para o jogador.
A agência se comprometeria a pagar o salário do jogador, superior a R$ 1 milhão, até acertar com empresas que tornariam a operação lucrativa. O problema é que um suporte máster no valor almejado na época, janeiro de 2011, não foi alcançado e o clube passou a maior parte do ano com a camisa limpa.
Quando fechou uma negociação maior, o problema explodiu. O clube acertou com a Procter & Gamble para os últimos meses da temporada. O acordo foi realizado por meio da 9ine, quebrando a exclusividade da Traffic. Em retaliação, a agência parou de arcar com os salários de Ronaldinho, e o clube terminou fora da disputa pelo título brasileiro.