A Globo anunciou na última terça-feira um acordo com a Fifa pelos direitos de mídia das Copas do Mundo de futebol de 2018 e 2022. Contudo, a briga por essas propriedades ainda está longe de acabar. Nesta quarta-feira, a Record emitiu nota oficial prometendo acionar a Justiça para refazer o processo.
A alegação da Record é que a Fifa fechou com a Globo sem realizar licitação. Segundo a emissora paulista, a entidade esportiva havia se comprometido a promover uma concorrência pelos direitos.
A nota oficial da Record cita uma troca de e-mails com a Fifa, um encontro em um hotel do Rio de Janeiro e uma conversa com o diretor de TV da entidade, Niclas Ericson. Segundo o canal, em todas as oportunidades a instituição esportiva disse que haveria licitação “pública, transparente e aberta”.
“O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada. A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, da Ásia, da Oceania, da África e da própria América do Sul. É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro”, diz a nota da Record.
A Globo é parceira de mídia da Fifa desde 1970. Na nota em que anunciou acordo com a emissora, a entidade enalteceu o poder de distribuição e a abrangência do canal.
A briga entre Globo e Record no cenário esportivo já teve como grande foco os Jogos Olímpicos. A emissora paulista conseguiu com exclusividade os direitos de transmissão do evento de 2012, em Londres.
“A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação. Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suíça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção”, continua a nota da emissora.