As vendas de ingressos e as receitas dos clubes atingiram números recordes nas duas principais ligas do futebol alemão em 2023/2024, segundo um relatório divulgado pela Liga Alemã de Futebol (DFL) nesta terça-feira (11).
A DFL, que gere a Bundesliga e a Bundesliga 2 (equivalente à segunda divisão alemã), informou que a receita total na última temporada foi de € 5,87 bilhões (US$ 6,4 bilhões). O montante equivale a um aumento de pouco mais de 12% em relação ao que fora arrecadado na temporada 2022/2023.
No último campeonato, as duas ligas geraram 62 mil empregos no país, o que representa um aumento de 12,3% em relação à temporada anterior. O número também representa outro recorde, já que a marca anterior pertencia a 2018/2019, último torneio antes da pandemia de Covid-19, quando 56 mil pessoas atuaram nas competições.
De acordo com o documento, foram vendidos 20,74 milhões de ingressos em 2023/2024. É a primeira vez que as duas ligas alemãs superam a barreira dos 20 milhões de entradas comercializadas.
A Bundesliga, que conta com a participação de 18 clubes, tem a maior média de público entre as chamadas Big 5, grupo formado pelas cinco principais ligas nacionais europeias (Premier League, Bundesliga, LaLiga, Serie A e Ligue 1).
Bundesliga 2
Já a Segundona da Alemanha possui números de público semelhantes aos da Ligue 1, da França, e da MLS, principal liga de futebol dos Estados Unidos. O campeonato atingiu arrecadação de € 1 bilhão pela primeira vez na história em 2023/2024.
O número ainda é baixo se for comparado ao Bayern de Munique, principal time da Alemanha. O clube, apesar da campanha modesta em relação ao seu histórico dos últimos tempos (terminou a Bundesliga passada apenas em 3º lugar), arrecadou, sozinho, € 1 bilhão na temporada 2023/2024. Também foi a primeira vez que a equipe de Munique atingiu essa marca.
Finanças
Em relação à sustentabilidade financeira, o relatório apontou que metade das equipes que disputam a Bundesliga e Bundesliga 2 terminaram o campeonato no azul.
Na Alemanha, os clubes operam no modelo 50+1, o que equivale a dizer que as associações obrigatoriamente precisam possuir 50% mais uma ação. A regra serve para inviabilizar que grandes corporações ou companhias estrangeiras que atuam no modelo multiclubes possam adquirir controle sobre times alemães.