No ginásio situado ao lado do estádio Canindé, a Portuguesa vê uma das melhores oportunidades para ampliar as receitas nesta temporada. Apenas com a locação para igrejas evangélicas, já são cerca de 15 datas reservadas neste ano para cultos. Com mais alguns shows, a renda pode chegar entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão.
“É um filão que não esperávamos que fosse tão forte, com shows, eventos evangélicos, pessoal pedindo para locar”, confirma Roberto dos Santos, vice-presidente de marketing da equipe paulista. A expectativa é que sejam realizados em torno de seis eventos por mês, sobretudo depois que o clube conseguir a liberação dos bombeiros para tal.
Um dos interessados pelo ginásio da Portuguesa foi justamente o Ultimate Fighting Championship (UFC), maior torneio de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) do planeta. Mas os norte-americanos descartaram o negócio. “Nós estamos terminando algumas instalações para ter essa liberação, mas não saberíamos se daria tempo”, conta Santos.
Esse local, inclusive, foi aquele que recebeu a primeira edição do UFC no Brasil, quando o campeonato de lutas ainda não havia ganhado tanta popularidade no país. Em 1998, a Portuguesa acolheu o evento de MMA e, embora não haja uma contagem oficial, estimou-se na época que em torno de 8,5 mil pessoas acompanharam a competição.
O ginásio, com espaço para seis mil pessoas em pé e mais duas mil sentadas, é mais uma das dependências físicas usadas para ampliar as receitas. No ano passado, o “areião”, com capacidade para 20 mil indivíduos e normalmente usado em festas juninas do clube, abrigou shows como o do Chiclete com Banana, responsável por gerar cerca de R$ 1 milhão.