Um ano depois de ter trocado o vôlei do Pinheiros pelo Cimed, em uma troca que levou para Santa Catarina dois dos principais atletas do país na modalidade, Giba e Gustavo, a Sky decidiu não manter a parceria com a equipe catarinense. Agora, o futuro da equipe montada pelo laboratório há sete anos é incerto, e haverá uma reunião na próxima semana para definir se o projeto será continuado.
“Eu não acredito que vá atrapalhar drasticamente, porque é um projeto de sete anos em que a Cimed esteve sozinha em seis deles. Agora faremos uma reunião para saber se o time vai continuar, se há a necessidade de conseguir outro parceiro, enfim, ver o que será feito daqui para frente”, afirma Renan Dal Zotto, gestor da equipe.
As razões que envolvem a não renovação do contrato, firmado em abril do ano passado, por um ano, ainda são obscuras. Procurada pela Máquina do Esporte, a Sky alegou por meio de sua assessoria de imprensa que não tem posição oficial sobre o assunto, tampouco algum executivo que possa prestar esclarecimentos.
A situação também indica que a permanência da companhia na modalidade é tão incerta quanto a da Cimed. Além do contrato com o time de vôlei catarinense, os acordos com Giba e Gustavo irão terminar após os Jogos Olímpicos deste ano, a serem realizados em Londres durante o mês de junho. A Sky ainda não definiu se esses aportes serão mantidos, e ninguém irá se manifestar a respeito por enquanto.
A separação de Sky e Cimed também pode ter ligação com a estratégia adotada pela operadora de TV a cabo para o esporte. No vôlei e no basquete, a empresa trocou mais de uma vez de times por não ter sido campeã. O Flamengo perdeu o aporte por não ter vencido o Novo Basquete Brasil (NBB) em 2010/2011, e o Pinheiros viu a principal parceira ir embora por não ter conquistado a Superliga Masculina.
A Cimed/Sky, como era denominada até o fim desta temporada, foi eliminada da Superliga nas quartas de final pelo Vivo/Minas. Giba e Gustavo tiveram problemas com lesões, inclusive, e o primeiro não pôde entrar em quadra nenhuma vez neste ano. “Foi uma parceria super positiva, que agregou muito, mas que infelizmente não se traduziu em resultados técnicos”, lamenta Dal Zotto.