Apesar de ter apalavrado parceria com a Meltex em outubro do ano passado, o Palmeiras ainda não conseguiu executar o plano de montar rede de lojas. O principal entrave é a Adidas, fornecedora de materiais esportivos, cuja aprovação, necessária para viabilizar o negócio, ainda não foi obtida. Mas esse cenário pode mudar em breve.
A companhia alemã entregou nesta semana a dirigentes palmeirenses uma lista de exigências a serem cumpridas em troca da permissão. Esse documento deverá ser levado à Meltex para que a futura parceira decida se está disposta a acatar aos pedidos da fornecedora. Caso não esteja, a gestão das franquias pode novamente voltar ao mercado.
A aprovação da Adidas é essencial pois a empresa é dona dos direitos sobre o vestuário palmeirense. Ao acertar uma parceria com a Meltex, por exemplo, o clube cede à parceira não somente a administração dessa rede de lojas, hoje inexistente, mas também o direito para que ela confeccione peças com a marca do clube, algo restrito aos alemães.
Desde o princípio do processo, a fornecedora impôs restrições à estruturação dessas franquias, apesar do discurso de que é favorável à abertura das unidades. O principal receio é que a parceira escolhida pelo Palmeiras passe a lucrar com um direito da Adidas, assim como no Fluminense, outro patrocinado que também tenta abrir lojas.
Procurada pela Máquina do Esporte para explicar quais são as exigências feitas para permitir que a potencial parceira abra os novos pontos de venda, a Adidas preferiu não se manifestar a respeito. A Meltex, por sua vez, não pôde se posicionar a respeito da situação das franquias palmeirenses até a publicação desta reportagem.