O energético TNT, fabricado pelo grupo Petrópolis, adotou um cronograma de comunicação inusitado para o esporte olímpico. Em outubro de 2009, pouco mais de um ano depois dos Jogos Olímpicos de Pequim, a marca anunciou a criação de um time de atletas patrocinados, com destaque para o nadador César Cielo. E neste ano, meses antes de Londres-2012, decidiu revisar totalmente o plano.
A comunicação do grupo Petrópolis para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres terá como ponto alto um patrocínio às transmissões da TV Record, dona exclusiva dos direitos do evento em TV aberta. Nomes como Cielo, medalhista de ouro nos 50m livres em Pequim, não fazem parte dos planos.
Durante a fase de revisão, o energético TNT decidiu focar a segunda área do projeto. Em meio a uma redução de aporte a modalidades olímpicas, a marca concentrou investimentos em esportes radicais.
No esporte olímpico, a diretoria da TNT decidiu aproveitar este ano para fazer uma reavaliação. A ideia é identificar como a marca deve se posicionar até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Há quase três anos, a criação do time de patrocinados foi o início desse posicionamento. A equipe foi lançada com 17 atletas, sendo quatro representantes de modalidades olímpicas e 13 de esportes radicais.
Além de Cielo, o grupo olímpico inicial da TNT era formado pelo judoca Flávio Canto, que virou apresentador da TV Globo, e pelas gêmeas Bia e Branca Feres, do nado sincronizado, que agora trabalham na MTV.
O conceito que baseou o lançamento do time era “existem dois tipos de atletas: os que competem e os que detonam”. Em peças adaptadas a cada uma das modalidades, os patrocinados pela TNT eram associados ao segundo grupo.
No lançamento, a cervejaria Petrópolis revelou planos para incrementar o grupo olímpico, com foco em atletas mais novos e que tivessem potencial para representar o país nos Jogos de 2016. Em meio à fase de reavaliação, esse surge novamente como um foco provável.
“Ainda estamos estudando o que fazer. O time TNT tem atualmente um foco em atletas de radicais, mas isso não está fechado”, disse Douglas Costa, diretor do grupo Petrópolis para marketing e relações com o mercado.