Depois de obter a organização dos X-Games no Brasil por três anos e eleger Foz do Iguaçu, no Paraná, como sede da edição brasileira do evento de esportes radicais, a Brunoro Sport Business (BSB) entrou em fase de captação de patrocinadores. Existe a necessidade de conseguir aportes da iniciativa privada para montar a estrutura que irá receber as competições na cidade paranaense no próximo ano.
“Ganhamos o direito de organizar por três anos e temos que construir todas as instalações em Foz. Algumas estão prontas, outras por fazer. E uma parte do dinheiro virá de parcerias públicas, com a cidade e com os governos estadual e federal, e a outra temos de captar no mercado. Agora o trabalho é insano”, explica José Carlos Brunoro, presidente do conselho da agência, à Máquina do Esporte.
Por enquanto, ainda é difícil estimar quanto dinheiro terá de ser arrecadado exatamente, mas o executivo conjetura que o evento vá custar entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões. Essa é a primeira vez que, após 18 anos de existência, os X Games partem maciçamente para fora dos Estados Unidos. Além do Brasil, haverá outros cinco eventos, cada um com características próprias de cada país, no mundo.
Foz do Iguaçu disputou com 40 municípios de todo o planeta, inclusive as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, pelo direito de receber o evento. A BSB gostou mais da proposta dos paranaenses, sobretudo, porque existe a oportunidade de “fugir” do eixo Rio-São Paulo, algo raro atualmente. A futura sede reúne pontos turísticos conhecidos mundialmente, e esse fator também pesou na escolha.
Os X Games, portanto, passam a ser feitos em Foz, Barcelona (Espanha), Munique (Alemanha), Los Angeles e Aspen (ambos nos Estados Unidos) e Tignes (França). O torneio foi criado em 1995, nos Estados Unidos, com o nome The Extreme Games. De lá para cá, foi renomeado e passou a ser tido como a Olimpíada dos esportes radicais. Os direitos pertencem à ESPN e à Disney em nível global.