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Caitlin Clark critica premiação alta a seu próprio time após título em Copa da WNBA

Armadora diz não ter lógica Commissioner's Cup, torneio de meio de temporada, pagar mais do que título dos EUA

Natasha Howard, do Indiana Fever, eleita a MVP da Commissioner's Cup 2025 - Reprodução / Instagram @wnba

Natasha Howard, do Indiana Fever, eleita a MVP da Commissioner's Cup 2025 - Reprodução / Instagram @wnba

A estrela Caitlin Clark, do Indiana Fever, criticou a WNBA por causa da premiação alta dada a seu próprio time, o Indiana Fever, pelo título da Commissioner’s Cup, na última terça-feira. A equipe de Indianápolis derrotou Minnesota Lynx, por 74 a 59. Lesionada, Caitlin não participou da partida.

Pelo troféu que é distribuído durante a temporada regular da liga norte-americana de basquete, a WNBA distribuiu US$ 500 mil em premiação, o que dá cerca de US$ 30 mil para cada jogadora. O valor é superior ao que as atletas campeãs da temporada recebem pelo título (US$ 20.825).

“Você ganha mais com isso [Commissioner’s Cup] do que se fosse campeã [da WNBA]”. Não faz sentido. Alguém peça à [comissária da WNBA] Cathy [Engelbert] para nos ajudar”, criticou a armadora.

Ela chamou a competição de “Copa Cathy”, em referência à principal dirigente da WNBA. A crítica ocorre no mesmo período em que as jogadoras da liga negociam um novo acordo coletivo de trabalho (CBA, na sigla em inglês).

Premiação

O valor pago às finalistas foi inicialmente definido em CBA que vai de 2020 até o final desta temporada. A WNBA praticamente dobrou, a partir de 2022, o valor que as vencedoras da temporada recebem, aumentando o bônus total dos playoffs para US$ 500 mil.

A Commissioner’s Cup também fez parte do acordo de 2020, que incluía um mínimo de US$ 750 mil em prêmios em dinheiro para “competições especiais” a partir de 2021, quando a taça estreou.

O acordo incluiu também US$ 1,6 milhão em ações anuais de marketing para jogadoras, pagamentos pela competição e bônus por desempenho.

Segundo a WNBA, o auxílio financeiro proporcionado pela Commissioner’s Cup incentiva as jogadoras a disputarem a final do torneio, já que essa partida não conta para efeito de classificação na temporada regular.

“Acho que o dinheiro tem sido a principal preocupação [das jogadoras] do que qualquer outra coisa”, reclamou Stephanie White, técnica do Indiana Fever, antes da decisão.

Apesar da crítica da treinadora, as jogadoras do Indiana Fever informaram ao  jornal Indianapolis Star que doariam parte de sua premiação a instituições de caridade.

A patrocinadora Coinbase adicionou US$ 120 mil em criptomoedas à arrecadação da Commissioner’s Cup, o que representa US$ 5.000 para cada jogadora de ambas as equipes. Como MVP da final da Copa, Natasha Howard, do Fever, ganhou mais US$ 5.000.

NBA

Apesar das críticas de Caitlin, os ganhos na WNBA ainda representam um valor ínfimo se comparado à NBA. Pelo título da liga norte-americana nesta temporada, o Oklahoma City Thunder recebeu, incluído bônus por performance, cerca de US$ 828 mil por jogador.

A franquia também ganhou mais US$ 200 mil por atleta por ter sido finalista da Copa NBA em 2024. O Milwaukee Bucks, vencedor da Copa NBA, por sua vez, levou para casa cerca de US$ 500 mil por jogador, além do troféu.