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Fan Zone da Copa do Mundo de Clubes tem impacto de R$ 53 milhões na economia do Rio

Espaço, que teve 14 dias de evento, com transmissão de 23 jogos do Mundial da Fifa, atraiu 110 mil torcedores à Praia de Copacabana

Torcida do Fluminense assiste jogo na Fan Zone da Copa do Mundo de Clubes, no Rio - Divulgação

Torcida do Fluminense assiste jogo na Fan Zone da Copa do Mundo de Clubes, no Rio - Divulgação

A Fan Zone da Copa do Mundo de Clubes, montada na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, resultou em um impacto de R$ 53 milhões para a economia da capital fluminense, segundo estudo do Visit Rio, com despesas de hospedagem, alimentação, transporte, turismo e comércio.

Com estrutura de 13.400 m2, a Fifa Fan Zone esteve aberta em 14 dias de jogos durante o Mundial da Fifa, com a transmissão de 23 jogos, contando todas as partidas envolvendo clubes cariocas e os demais jogos disputados no mesmo dia.

Para o público, que totalizou 110 mil torcedores durante todo o evento, poder acompanhar os duelos nos EUA foram instalados dois telões de led de alta definição, com 10 m x 5,5 m.

“Tínhamos uma expectativa grande depois de termos feito eventos para a Libertadores [em 2023, para a final Fluminense x Boca Juniors] e Copa América [no ano passado]. Acreditava que o engajamento brasileiro seria maior com os clubes do que com a seleção”, afirma Pedro Rego Monteiro, CEO da Effect Sport, realizadora da Fan Zone, em entrevista à Máquina do Esporte.

Lotação

Para animar o público nos intervalos dos jogos houve apresentações de nomes como Dudu Nobre, DJ Marlboro, Arlindinho, além das escolas de samba Fla Manguaça e Botafogo Samba Clube.

“As torcidas abraçaram o evento, promovendo nas redes sociais deles e ajudando a levar mais gente. As atrações musicais estavam atreladas a cada clube que jogava naquele dia. Foi a cara do Rio: um espaço aberto, gratuito, na praia e, com sorte, sem chuva”, conta Monteiro.

A Fan Zone conquistou o status de evento oficial da Fifa e teve patrocínio máster da Betano, que também é patrocinadora da Copa do Mundo de Clubes.

A arena contou com capacidade para 7.000 torcedores, mas ao longo dos dias de jogos, houve a presença de mais pessoas graças às entradas e saídas. O recorde de público foi no domingo em que o Flamengo enfrentou o Bayern de Munique, pelas oitavas de final, com 12 mil pessoas.

Outro jogo do Rubro-Negro, a vitória sobre o Chelsea ainda na fase de grupos, atraiu 10 mil torcedores. Em seguida vieram os jogos do Botafogo contra PSG e Palmeiras (8.000 cada um).

“Tinha muito turista gringo, quase 10 mil, de mais de 50 nacionalidades, além de muita gente de fora do Estado do Rio”, contabiliza Monteiro, que conta ter havido dia com mais de 700 estrangeiros no evento.

“Demos sorte porque tivemos ponto facultativo por causa da Cúpula dos Brics [encontro realizado no Rio nos dias 6 e 7]. Mas mesmo em dias de semana, no horário comercial, havia bastante público. E gente que chegava para assistir ao segundo tempo, depois do trabalho”, conta o executivo da Effect.

Torcida assiste jogo na Fan Zone da Copa do Mundo de Clubes, no Rio - Divulgação
Dois telões foram montados para transmitir os jogos na Fan Zone do Rio- Divulgação

São Paulo

O sucesso foi tão grande no Rio que a Effect decidiu, de última hora, montar uma estrutura semelhante para abrigar a torcida do Palmeiras, caso o clube passasse pelo Chelsea e chegasse às quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.

Houve negociação de montar o evento no Allianz Parque ou no Mercado Pago Hall, centro de convenções que faz parte do complexo do Mercado Livre Arena Pacaembu, com capacidade para 6.500 pessoas.

A ideia só não foi adiante porque o time de Abel Ferreira acabou eliminado após perder para o Chelsea por 2 a 1 nas quartas de final.

“Devido ao pouco tempo, provavelmente teríamos os mesmos patrocinadores do Rio. Talvez uma ou duas outras empresas pudessem entrar em São Paulo”, conta Monteiro.

Além de Betano , a Fan Zone contou com patrocínio de Centrum, Heisense Jim Bean e Sofascore. A Globo foi parceira de mídia, enquanto Coca-Cola e Bud foram as fornecedoras de bebidas. Também houve apoio do governo do Estado e da Prefeitura do Rio, além de DAZN, detentora global dos direitos de TV da competição, do Visit Rio e da Rádio Mix.

Futuro

Após o sucesso do evento no Rio, a Effect planeja realizar iniciativa semelhante para a Copa do Mundo 2026, que será realizada nos EUA, México e Canadá. Para isso, negocia com a Fifa para manter o status de evento oficial no país. A ideia é montar estrutura semelhante a deste ano pelo menos em São Paulo e no Rio.

Outra iniciativa certa é a nova edição do NFL In Brasa, ativação da liga de futebol americano no Brasil, em 2026. Neste ano, o evento aconteceu na Arca, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).

“Talvez tenha mais um evento neste ano. Mas ainda não posso falar, porque não está definido”, diz o executivo.