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Puma volta a ter prejuízo e reduz perspectivas para 2025 após tarifas de Donald Trump

Empresa alemã ficou € 246,6 milhões no vermelho no primeiro semestre e projeta que perda de € 80 milhões no lucro bruto por políticas dos EUA

Novos modelos de chuteiras lançados pela Puma - Divulgação

A Puma fechou o primeiro semestre de 2025 com prejuízo. A marca divulgou um desenvolvimento de receita mais fraco do que o previsto e, com impacto negativo causado pelas políticas tarifárias impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, teve prejuízo de € 246,6 milhões no período.

O resultado ruim nos primeiros seis meses de 2025 é consequência de uma queda de 4,8% nas vendas em comparação com o ano anterior, para € 4,018 bilhões.

O segundo semestre apresentou quedas de vendas nos principais mercados: América do Norte (9,1%), Europa (3,9%) e China (3,9%). Considerando o período, a empresa registrou baixa de 2%, para € 1,942 bilhão.

As quedas nas vendas de roupas (10,7%) e acessórios (6,4%), foram compensadas pelo crescimento de 5,1% nos calçados. Os negócios diretos ao consumidor (DTC), aumentaram 9,2%, liderados pelo aumento no comércio eletrônico.

Futuro

A Puma também alterou a previsão para o resto do ano. Agora, a empresa acredita que os desafios do setor e da empresa afetarão o desempenho financeiro.

Entre eles, está o impacto causado pelas tarifas dos Estados Unidos. A expectativa é que as tarifas promovidas por Donald Trump tenham um impacto negativo de aproximadamente € 80 milhões no lucro bruto.

“A Puma não espera mais atingir o crescimento de vendas previsto para o restante de 2025. O desempenho mais fraco da receita observado no segundo trimestre deverá persistir pelo restante de 2025, resultando em níveis de estoque mais elevados”, projetou a empresa.

A projeção para 2025 passou a ser de queda de dois dígitos nas vendas e, com isso, prejuízo. Além disso, reduzirá os investimentos previstos para o segundo semestre, de € 300 milhões para € 250 milhões.

A estratégia da Puma, então, será reduzir os estoques de produtos,  otimizar a cadeia de suprimentos, ajustar preços e evoluir colaborações com parceiros.