O c”mbio é eletrônico, equipado com fios elétricos e bateria de íon. A alavanca de freio e troca de marcha tem curso 30% menor. O pivô é 22% mais curto. A lista de inovações da linha de peças para bicicletas Dura-Ace 9000 Di2, que a Shimano lançou na última semana, distancia consideravelmente os aparatos dos modelos tradicionais. No entanto, a empresa não teme que a tecnologia, que deve ser usada nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, seja vista como um “doping tecnológico”.
“Nós estamos tranquilos. O que fazemos é trabalhar duro para proporcionar aos atletas o melhor que existe para que eles possam ter a melhor performance. Isso está de acordo com o objetivo de qualquer atleta, mas também das Olimpíadas e das competições como um todo. A meta é proporcionar ao público a melhor atração possível. Então, acho que não irá nessa direção”, disse Fabio Takayanagi, presidente da Shimano na América Latina.
A apresentação da nova linha de peças da empresa, realizada na última semana, remeteu imediatamente ao traje LZR. As peças criadas pela Speedo assombraram o mundo da natação na época dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, mas posteriormente foram proibidas pela federação internacional da modalidade (Fina).
Os componentes criados pela Shimano têm aprovação da União Ciclística Internacional (UCI). As peças já foram colocadas em competições de grande porte, como o Tour de France, e a expectativa da empresa é que isso ajude a melhorar o tempo médio de atletas de elite.
A Shimano faturou US$ 2,7 bilhões globalmente em 2011. As peças para bicicletas respondem por quase 80% da empresa – a companhia também comercializa material para pesca, que responde por quase 20% das vendas.
Curiosamente, uma das principais apostas da Shimano para que a evolução tecnológica das bicicletas não seja contestada é o crescimento da concorrência. Os componentes eletrônicos de c”mbio, por exemplo, também já são usados por outras marcas.
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