Pular para o conteúdo

Com 9 parceiros, Brasil Ladies Cup oferecerá liberdade de ativações e workshops sobre futebol feminino

Em 2025, competição terá quatro clubes participantes e acontecerá no Estádio do Canindé, em São Paulo (SP), entre 16 e 19 de outubro

Brasil Ladies Cup foca em oferecer liberdade de ativação para seus patrocinadores - Reprodução / Brasil Ladies Cup

A Brasil Ladies Cup 2025 acontecerá de 16 a 19 de outubro, no Estádio do Canindé, em São Paulo (SP), e contará com a presença de quatro clubes, ao invés de oito como na edição de 2024. O evento deste ano, que será disputado por Grêmio, Palmeiras, Peñarol (URU) e Gimnasia y Esgrima La Plata (ARG), conta com nove patrocinadores e oferecerá dois workshops para fomentar a discussão e os debates sobre futebol feminino.

Em relação aos parceiros comerciais do evento, Ipiranga e Ultragaz adquiriram as cotas de apresentação, a Betano ficou com a categoria máster, e Grupo Algar, Guarani, Momenta, Levity, Wega e Penalty entraram como patrocinadores do torneio. Com organização própria, a Brasil Ladies Cup oferece uma grande liberdade de ativações para seus parceiros comerciais, o que também se torna um diferencial para o torneio captar novos acordos.

“A gente procura dar toda a liberdade de ativação aos patrocinadores. Muitas vezes, em uma competição que tem muitas regras, você tem restrições para ativações. Já na Brasil Ladies Cup, como é um evento organizado por nós, a gente tem a possibilidade de fazer ativação no campo e trazer diversas ideias que realmente proporcionam novidades”, comentou Fabio Wolff, diretor da Wolff Sports & Marketing e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, durante a realização da Confut Sudamericana, à Máquina do Esporte

Sobre o interesse das marcas em patrocinar a Brasil Ladies Cup, o executivo afirmou que existem várias empresas que desejam se associar ao futebol feminino, principalmente pela associação a valores e atributos como igualdade de gênero e empoderamento feminino. Por outro lado, em alguns casos, o discurso corporativo não se alinha com aquilo que acontece na prática em relação ao fomento da modalidade.

“O discurso que muitas vezes se encontra no mercado não necessariamente é o discurso que é a realidade. O que eu vejo, muitas vezes, são empresas do mercado querendo se associar com o futebol feminino com discursos maravilhosos, mas que, na prática, não fomentam a modalidade”, destacou Wolff.

O que pode acelerar ainda mais o crescimento do futebol feminino no Brasil é a Copa do Mundo que acontecerá no país em 2027. Um evento desse porte pode mudar o entendimento de marcas, agências e até mesmo do público sobre a modalidade.

“Espero que isso mude e que a Copa do Mundo Feminina de 2027 seja um ponto acelerador da modalidade, que vem crescendo no Brasil, mesmo que não tão rapidamente como acontece na Europa. Mas olhando o que o futebol feminino era há 10 anos atrás e o que ele é hoje, nós temos uma grande evolução”, enfatizou.

Outro desafio do mercado do futebol feminino nacional, o que inclui a Brasil Ladies Cup, está em conseguir atrair mais torcedores para os estádios de forma consistente. Em relação à Europa, onde já se observa uma média de público relevante em alguns países, principalmente na Espanha e na Inglaterra, o Brasil está consideravelmente atrás neste aspecto, e poucos times conseguem gerar bons públicos em partidas femininas.

“A entrega da qualidade dos eventos de futebol feminino com a presença do público não tem acompanhado o mesmo ritmo. O que é uma pena. Eu acho que pode ser uma questão cultural, mas também vejo que aos poucos isso está mudando. O Cruzeiro jogou com o Palmeiras no Independência e foi o maior público de Minas Gerais da história do futebol feminino, quase 13.500 torcedores. O Corinthians, quando joga na Neo Química Arena, coloca 35 mil pessoas. Então, eu acho que é uma questão mesmo dos meios de comunicação, dos organizadores de evento, fomentarem a modalidade”, finalizou o executivo.