Após inúmeras críticas e perda de credibilidade, o que resultou em uma grande debandada de associados, o São Paulo resolveu reestruturar o seu projeto de sócio-torcedor. Com essa mudança, o objetivo é saltar de 18 mil inscritos adimplentes para 40 mil até o fim do ano. Mais do que isso, o São Paulo prevê que até dezembro de 2007 o seu novo sócio-torcedor possa gerar uma receita de R$ 600 mil por mês. Para o próximo ano, a meta é que 100 mil pessoas estejam inscritas no projeto. Para isso, segundo o novo gestor do projeto, Rogê David, que também ocupa o cargo de diretor adjunto de marketing no clube, o São Paulo pretende quitar sua “dívida” com os atuais sócio-torcedores para, assim, conquistar novos adeptos ao projeto. “Primeiro nós queremos restabelecer a credibilidade do projeto. Nós estamos esperando o último lote de produtos que faltavam ser entregues. Após isso, nós vamos relançar o projeto com força, realizando anúncios em massa”, explica David. Segundo o dirigente, o novo sócio-torcedor do São Paulo passará a operar na próxima segunda-feira, mesmo dia em que entrará no ar o portal criado especialmente para o projeto (www.sociotorcedor.com.br). “Nós vamos apostar na interatividade com o torcedor. Nesse novo site, o sócio-torcedor terá um conteúdo exclusivo como chat com os jogadores direto do CT e blog dos integrantes da comissão técnica”, revela o gestor do projeto do São Paulo. Diferentemente do modelo adotado por grande parte dos clubes brasileiros, cujo maior sucesso foi registrado com o Internacional, o São Paulo não irá disponibilizar ingressos para seus jogos aos participantes do sócio-torcedor. Porém, mesmo com as negativas por parte do diretor do clube, a Máquina do Esporte apurou que essa hipótese não está totalmente descartada para o futuro. “O nosso modelo é baseado no de grandes clubes europeus. Nós não nos tornamos refém do ingresso. O que damos é prioridade na compra com 50% de desconto, além de bilheteria exclusiva. Mas se o ingresso esgotar, esgotou. Se fizéssemos dando ingressos, com certeza teríamos uma procura enorme”, completa David.