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Reag sairá da SAF do Juventus, após deixar Bolsa de Valores e iniciar desmonte

Clube realizou uma reunião nesta quarta-feira (8) para anunciar a mudança no quadro de investidores, que seguirá contando com a participação da Contea

João Carlos Mansur é o presidente do Conselho de Administração da Reag - Reprodução / Reag

A Reag deixará a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Juventus, de São Paulo (SP). A informação foi revelada a conselheiros do clube, durante uma reunião realizada na noite desta quarta-feira (8).

A assessoria de imprensa da empresa foi procurada, mas, até o fechamento desta reportagem, não havia se manifestado a respeito da saída da Reag do negócio.

A Máquina do Esporte também tentou contato por telefone com a assessoria de imprensa do clube da Mooca e com o próprio presidente do Juventus, Dilson Tadeu Deradeli, mas não obteve retorno.

Conforme a reportagem apurou, o motivo apresentado pela Reag para deixar a SAF teria relação com pendências tributárias do clube.

A Contea Capital, outra investidora do Juventus, seguirá na SAF. De acordo com uma fonte que acompanhou a reunião, a Reag foi descrita como a responsável pela parte financeira do negócio.

Uma nova sócia deverá ingressar na SAF em breve, embora o nome ainda não tenha sido oficializado.

Inicialmente, o valor a ser pago pelos investidores permanece o mesmo, de R$ 20 milhões. Porém, os prazos para a realização desse aporte ficarão maiores. Além disso, o clube associativo deverá cumprir algumas exigências para receber o dinheiro.

A SAF do Juventus foi constituída em junho deste ano e depois vendida a um consórcio formado por Reag e Contea, que levou a melhor na disputa com a italiana AlmavivA e a Total Player.

Por ora, o clima no Conselho Deliberativo é de que o negócio da SAF segue firme e, em breve, o Juventus passará a receber os investimentos estabelecidos no acordo de venda.

Reag deixa Bolsa e se desfaz de ativos

A iminente saída da empresa da SAF do Juventus ocorre no mesmo momento em que a Reag Capital Holding decidiu fechar seu capital e deixar de operar na Bolsa de Valores, informação que foi oficializada nesta semana.

Nos últimos dias, a empresa vem se desfazendo de uma série de subsidiárias, entre elas a Reag Investimentos, alvo da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

No último domingo (5), a Reag Investimentos comunicou que foi vendida à Arandu Partners, instituição formada pelos principais executivos da empresa, que pagaram R$ 100 milhões na transação, mas ainda não tiveram suas identidades reveladas.