A Reag deixará a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Juventus, de São Paulo (SP). A informação foi revelada a conselheiros do clube, durante uma reunião realizada na noite desta quarta-feira (8).
A assessoria de imprensa da empresa foi procurada, mas, até o fechamento desta reportagem, não havia se manifestado a respeito da saída da Reag do negócio.
A Máquina do Esporte também tentou contato por telefone com a assessoria de imprensa do clube da Mooca e com o próprio presidente do Juventus, Dilson Tadeu Deradeli, mas não obteve retorno.
Conforme a reportagem apurou, o motivo apresentado pela Reag para deixar a SAF teria relação com pendências tributárias do clube.
A Contea Capital, outra investidora do Juventus, seguirá na SAF. De acordo com uma fonte que acompanhou a reunião, a Reag foi descrita como a responsável pela parte financeira do negócio.
Uma nova sócia deverá ingressar na SAF em breve, embora o nome ainda não tenha sido oficializado.
Inicialmente, o valor a ser pago pelos investidores permanece o mesmo, de R$ 20 milhões. Porém, os prazos para a realização desse aporte ficarão maiores. Além disso, o clube associativo deverá cumprir algumas exigências para receber o dinheiro.
A SAF do Juventus foi constituída em junho deste ano e depois vendida a um consórcio formado por Reag e Contea, que levou a melhor na disputa com a italiana AlmavivA e a Total Player.
Por ora, o clima no Conselho Deliberativo é de que o negócio da SAF segue firme e, em breve, o Juventus passará a receber os investimentos estabelecidos no acordo de venda.
Reag deixa Bolsa e se desfaz de ativos
A iminente saída da empresa da SAF do Juventus ocorre no mesmo momento em que a Reag Capital Holding decidiu fechar seu capital e deixar de operar na Bolsa de Valores, informação que foi oficializada nesta semana.
Nos últimos dias, a empresa vem se desfazendo de uma série de subsidiárias, entre elas a Reag Investimentos, alvo da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
No último domingo (5), a Reag Investimentos comunicou que foi vendida à Arandu Partners, instituição formada pelos principais executivos da empresa, que pagaram R$ 100 milhões na transação, mas ainda não tiveram suas identidades reveladas.