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O que falta para a Superliga se tornar o maior campeonato de vôlei do mundo?

No Maquinistas, Anderson Marsili, presidente do Vôlei Guarulhos, disse o que precisa ser feito para destravar o potencial do torneio a nível global

Anderson Marsini é o convidado do Maquinistas desta terça-feira (14) - Arte / Máquina do Esporte

Convidado do Maquinistas desta terça-feira (14), Anderson Marsili, presidente do Vôlei Guarulhos, acredita que o cenário atual da Superliga de Vôlei aponta para um produto com potencial de crescimento inquestionável, mas que ainda depende de uma visão mais integrada e de longo prazo para garantir a evolução de todo o ecossistema da modalidade no país.

Em termos de potencial para investidores, o executivo enfatizou que o voleibol se destaca em relação ao cenário dos outros esportes no Brasil, rivalizando apenas com os grandes clubes de futebol em termos de visibilidade e resultados.

“Hoje, o vôlei já entrega mais que muitos clubes de futebol. Nós tivemos 28 jogos ao vivo no Sportv, com um retorno de 71 vezes, segundo o Ibope Repucom. Isso, tem clube de futebol que não entrega”, comentou Anderson Marsili no Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte.

“O voleibol [brasileiro] tem, hoje, o potencial de ser o melhor campeonato da modalidade do mundo. Obviamente, que [para isso] ele tem que pensar no ecossistema como um todo, em como dar sustentabilidade para todo mundo e não apenas para uma parte dele”, completou. 

Discussões sobre liga

Apesar da confiança no potencial, Marsili comenta que as conversas sobre mudanças e a eventual criação de uma nova liga não são pontuais, mas sim constantes no ambiente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). De acordo com o presidente da equipe de Guarulhos (SP), anualmente, em reuniões com os clubes, o tema central é como aprimorar o produto existente e valorizar a marca Superliga.

O grande desafio, no entanto, está em garantir que os novos formatos e a busca por um campeonato mais rentável assegurem a sustentabilidade de todo o ecossistema do vôlei e não apenas das equipes de ponta. A convergência para uma solução coletiva e duradoura é a chave para o avanço das propostas de liga.

“Existe um mundo de conversas, inclusive com a CBV, porque todos os anos nós temos uma plenária com todos os times da Superliga, onde discutimos não só a questão do regulamento, mas também o que se acertou e para onde estamos indo. E, pelo menos nos últimos seis anos, sempre foi falado como a gente poderia melhorar. Então não é uma discussão de agora”, explicou o presidente do Vôlei Guarulhos.

“Talvez, o que aconteceu agora, foi que se chegou em um momento mais forte de mudanças de padrões. Não é uma questão apenas de liga, mas sim sobre um formato que possa dar mais sustentabilidade para todo o ecossistema. A ideia é sempre colocar na mesa o que nós podemos melhorar para a gente se transformar na NBA do vôlei”, completou. 

O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Anderson Marsili, irá ao ar nesta terça-feira (14), às 19h (horário de Brasília), no canal da Máquina do Esporte no YouTube: