A infraestrutura esportiva preocupa. As intervenções urbanas são outro tema que merece atenção especial. Contudo, o Bradesco resolveu concentrar atenção em outro aspecto da preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016: a criação de um sentimento nacional em torno dos megaeventos.
O tema foi levantado por Jorge Nasser, diretor de marketing da instituição financeira, no último sábado. Ele fez uma rápida intervenção na segunda edição do Fórum Nacional do Esporte, evento organizado pelo grupo Lide.
“Está na hora de termos uma cumplicidade do bem. Nós aprendemos a vibrar apenas com o primeiro lugar e criticar os medalhistas de bronze, por exemplo. Chegou o momento de assumirmos um papel e mudarmos esse comportamento. Como disse Nelson Rodrigues, nós somos um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Precisamos desenvolver esse sentimento”, disse o executivo.
Como exemplo, Nasser citou a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu). A entidade é uma das seis que o Bradesco patrocina via Lei de Incentivo ao Esporte. “Muita gente vem me perguntar por que o rúgbi. Eu sempre respondo com outra pergunta: por que não?”, relatou.
A defesa de um sentimento nacionalista tem relação com o que o Bradesco espera para os megaeventos – o banco é patrocinador dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Prova disso é que esse tema também permeia a campanha de comunicação da instituição financeira para o esporte em 2012, sintetizada pelo slogan “Agora é BRA”.
“A campanha traduz o compromisso com a brasilidade, algo importante para os Jogos Olímpicos e para o banco”, resumiu Nasser.
Em palestra no fórum, o tema também foi abordado por C”ndido Leonelli, diretor-executivo de marketing do Bradesco: “O que me marcou muito em Londres foi a valorização do orgulho nacional. A população local estava realmente envolvida com o evento”.