De Paris A tentativa de impor novas regras em relação à divulgação das fotos na internet não foi a única medida tomada pelo IRB, que também tentou, entre outros, restringir a utilização de elementos audiovisuais, como coletivas de imprensa, nos sites dos jornais. Para especialistas da Enders Analysis, instituto de pesquisa sobre mídia, ouvidos pela revista francesa L?Express, o problema surgiu com o aumento do número de fotos na internet em relação às edições em papel. A questão é saber se essa profusão de imagens desvaloriza ou não os direitos de exclusividade vendidos à televisão. “Como diferenciar os direitos entre todos os tipos de mídia quando, na internet, não podemos dissociar o vídeo do texto”, pergunta o analista Toby Syfret. “As mídias e organizações esportivas ainda não encontraram esse modelo”. Para Larry Kilman e Pippa Collett, da Sponsorship Consulting, qualquer redução da cobertura midiática do mundial representa uma má notícia para o esporte e reduz a import”ncia do evento. “A Copa do Mundo de Rugby é um grande evento, mas o rugby, como esporte, ainda está muito longe de outros esportes em termos de divulgação mundial”, diz Collett. “Eles devem pensar bem para chegar a um equilíbrio entre seus interesses comerciais em curto prazo e sua vontade, em longo prazo, de dar uma import”ncia maior ao esporte”. Além disso, lembra, qualquer redução na cobertura da imprensa tem um impacto sobre os patrocinadores, que contam com as mídias para divulgar seus logotipos.