O esporte espanhol vai mesmo sofrer uma redução de aporte público a partir de 2013. A informação foi confirmada nesta semana por Miguel Cardenal Carro, presidente do Conselho Superior de Esportes da Espanha.
O dirigente do órgão nacional, que é ligado ao Ministério de Educação, Cultura e Esporte, admitiu que o país precisará fazer cortes para se adequar à realidade de recessão econômica. “Isso faz parte de um pacote de austeridade que vai muito além”, declarou Cardenal Carro.
A partir de 2013, as federações esportivas nacionais receberão do governo 16 milhões de euros anuais a menos do que atualmente. Isso representa uma redução de 34% no aporte público.
O orçamento dos centros de treinamento esportivo da Espanha sofrerá um corte de 28%, e a redução de aporte de capital do governo no segmento deve ficar perto de 50%.
Em 2009, antes de a crise assolar a economia espanhola, cada federação esportiva do país recebeu 82 milhões de euros do governo.
Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Espanhol (COE), Alejandro Blanco, disse que os cortes terão efeito no desempenho esportivo do país nos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Ele também pediu uma participação maior da iniciativa privada no financiamento ao segmento.