Lançado com pompa na última segunda-feira, em São Paulo, o “Movimento por um futebol melhor”, capitaneado pela Ambev e que já teve a adesão de outras oito empresas, colocou sobre os clubes e os torcedores a responsabilidade para que as metas traçadas pelo projeto consigam ser atendidas.
O plano traçado pela Ambev é fazer com que os programas de sócio-torcedor dos 34 clubes patrocinados pela empresa saltem dos 350 mil associados atuais para 3,5 milhões. Com isso, a expectativa é gerar uma receita anual de mais de R$ 1 bilhão por ano só com esses programas e, assim, melhorar a saúde financeira do futebol brasileiro, tornando-o o maior campeonato do mundo até 2015.
“O grande desafio é o engajamento dos torcedores. O que a gente quer fazer é engajar todo aquele torcedor que seja apaixonado pelo time para que ele passe a tomar um papel importante nos rumos do seu clube se associando a ele”, afirmou à Máquina do Esporte Ricardo Tadeu, vice-presidente de vendas da Ambev.
A visão do executivo é a síntese do que o projeto representa para as empresas. Não cabe a elas ir muito além da concessão dos benefícios para os torcedores. É papel do clube, e da própria mudança de comportamento do consumidor, fazer com que as metas sejam alcançadas.
Para Iuri Miranda, presidente do Burger King, o programa poderá alçar as vendas da empresa, mas a preocupação inicial é fazer com que a plataforma seja bem sucedida.
“O primeiro objetivo da gente é ajudar no desenvolvimento do futebol. O aumento de venda vai ser uma consequência. Nós estamos ganhando um potencial a mais de três milhões e meio de pessoas se o projeto atingir a meta”, disse o executivo.
Nesse cenário, porém, a Copa do Mundo pode ajudar. Na visão da Ambev, a construção de novos estádios já beneficia na geração de mais receita para o futebol.
“Em 2015, com a Copa do Mundo e esse nosso movimento por mais de dois anos, rompendo a barreira do milhão de torcedores, acredito que vamos potencializar essa tendência que temos visto de os clubes estarem com elencos cada vez mais fortes e com jogadores renomados”, afirmou Tadeu, que mira o modelo de gerenciamento das ligas americanas para que o consumidor seja impelido a investir mais do seu dinheiro no futebol.