Os seis estádios do Brasil que receberão jogos da Copa das Confederações deste ano terão uma coincidência: em todos, o gramado foi feito pela empresa Greenleaf. Consolidada na modalidade, a companhia agora aposta no crescimento do golfe em “mbito nacional para seguir em ascensão no mercado.
“A gente acredita que o golfe vai ter um boom no Brasil, algo como aconteceu na China. Principalmente porque o golfe voltará aos Jogos Olímpicos em 2016”, projetou Flavio Piquet, sócio da Greenleaf.
O otimismo da empresa é baseado na quantidade de campos para a prática de golfe no Brasil. O país tem 98 espaços registrados atualmente, bem atrás dos 350 da Argentina ou dos 13 mil dos Estados Unidos.
No Rio de Janeiro, a Greenleaf será a responsável pela instalação do gramado do campo de golfe para os Jogos Olímpicos. Com foco na modalidade, a empresa pretende manter nos próximos anos o faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões por temporada.
Outra aposta da empresa é o novo patamar que o futebol brasileiro atingirá com os novos estádios. O país vai inaugurar 14 arenas de alto nível nos próximos anos – as 12 da Copa do Mundo de 2014, além dos equipamentos de Grêmio e Palmeiras.
“Cada vez que você puxa o patamar um pouquinho para cima, você já não consegue voltar. Isso aconteceu muito claramente em Portugal depois de 2004. Os gramados eram muito parecidos com o que vemos no Brasil. Depois da Eurocopa, criou-se um novo par”metro. Tanto no caso de Portugal quanto no Brasil, o problema não é financeiro, mas cultural”, adicionou Piquet.
A Greenleaf colocou gramados nos seis estádios que serão usados na Copa das Confederações. A empresa ainda conversa com quatro sedes da Copa do Mundo de 2014 – as exceções são Porto Alegre e São Paulo, que usarão produtos de outras companhias.
Os negócios da Copa das Confederações devem representar um incremento contundente no faturamento da Greenleaf. De 2012 para 2013, a empresa projeta um crescimento de até 260% na receita.
Fundada em 1988, a Greenleaf vendeu recentemente uma fatia de 5% para a Royalverd, responsável pela manutenção do gramado do estádio Camp Nou. Apesar da porção pequena da companhia, a empresa europeia é responsável por 95% das decisões técnicas.