A crise entre o senegalês Papiss Cissé e a Wonga, empresa do segmento financeiro que vai ser a nova cotista máster do Newcastle, chegou a um limite. Segundo o jornal “Daily Mirror”, o jogador, que não admite o negócio, foi colocado para treinar longe do grupo.
Cissé é muçulmano, e a religião dele condena pessoas que se beneficiam de empréstimo de dinheiro, um dos principais serviços da Wonga. Por isso, ele não admite usar a camisa do Newcastle com o novo patrocinador.
O caso lembra o do malinês Frédéric Kanouté, também muçulmano, quando ele defendia o Sevilla. O jogador se recusou a ostentar no peito a marca do site de apostas 888.com, que patrocinava a equipe, e o clube criou para ele um uniforme limpo, diferente das peças usadas pelos outros atletas.
Em junho, quando o Newcastle anunciou o acordo com a Wonga, essa possibilidade chegou a ser aventada na equipe inglesa. Contudo, a diretoria rechaçou a ideia.
Segundo o “Daily Mail”, Cissé também cogitou a possibilidade de estampar na camisa dele a marca de uma associação assistencial. O time também recusou a ideia.
No último sábado, enquanto o time fazia uma atividade em campo, Cissé foi mandado à academia. O Newcastle ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso.