O suíço Roger Federer admitiu em Madri, onde disputa a última etapa do Masters Series da temporada, que o problema das apostas no tênis é real. No entanto, o jogador disse que não acredita que as partidas tenham resultados arranjados para favorecer os adeptos dos jogos de azar. “Os torcedores podem apostar, mas isso não poderia ocorrer dentro do mundo do tênis. É um problema que temos. Nunca me procuraram. Não acho que existam partidas arranjadas dentro do nosso esporte. Se alguém o faz, espero que seja punido”, afirmou o número um do mundo, que se garantiu nas quartas-de-final do torneio após vencer Guillermo Cañas. A corrupção no tênis veio à tona após a derrota do russo Nikolay Davydenko para o argentino Martin Vassallo Arguello. A partida levantou suspeitas porque o site Betfair registrou um número de apostas dez vezes maior do que o habitual para um encontro desse nível. Na semana passada, o escocês Andy Murray declarou à BBC que os jogos arranjados fazem parte do tênis e que são de conhecimento de todos que vivem o esporte. No meio da polêmica, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) convocou uma reunião entre as maiores organizações da modalidade para debater o tema. “É bom que a ATP, a ITF (a Federação Internacional de Tênis) e a WTA se unam para tentar impedir as pessoas de arranjar partidas”, finalizou Federer.