O projeto de criação da taça da Copa do Mundo em chocolate só não terá maior impacto por conta de vetos impostos pela própria Fifa. O acordo firmado entre a Garoto e a entidade impede a comercialização do produto dentro dos estádios da Copa e, também, no exterior.
O veto faz parte dos limites impostos pelos acordos comerciais da Fifa com seus diferentes parceiros. À Garoto, por exemplo, só é permitido vender sorvetes e alguns itens específicos de chocolate dentro dos estádios. Da mesma forma, o contrato da empresa é válido somente para o território nacional, o que excluirá a venda da taça de chocolate no exterior. Isso impediu que o chocolate que replica o objeto mais cobiçado do Mundial ganhasse importantes pontos de venda.
“Tivemos uma longa negociação com a Fifa e montamos esse projeto a quatro mãos. Para nós é extremamente gratificante poder fazer um produto como esse como forma também de celebrar nosso patrocínio à Copa do Mundo”, afirmou André Barros, gerente de marketing esportivo do Grupo Nestlé, que detém a marca Garoto.
Inicialmente, segundo Barros, “algumas centenas de milhares” de unidades do chocolate foram comercializadas. A compra, feita pelos lojistas, tem como objetivo inicial a demanda de Páscoa. Após o feriado, em que as vendas de chocolate registram seus recordes, a empresa espera ter a necessidade de voltar a produzir mais taças para atender o público de Copa do Mundo.
As medidas que acabaram “tolhendo” o alcance ainda maior das vendas da taça de chocolate fazem parte dos acordos de patrocínio da entidade para o Mundial. Com o objetivo de não prejudicar diferentes parceiros, a Fifa cria uma série de regras. A Centauro, por exemplo, que é patrocinador na categoria “varejo”, não tem o direito de ser a dona da loja oficial do torneio, cujo contrato pertence à Dufry Sports.