O episódio de racismo envolvendo o meia Tinga, do Cruzeiro, durante a partida do clube mineiro diante do Real Garcilaso, no Peru, repercutiu em várias esferas esportivas e até políticas. A presidente, Dilma Rousseff; o presidente da Fifa, Joseph Blatter; o presidente da CBF, José Marin; o Bahia; as federações mineira e paulista de futebol; e a torcida do Atlético-MG se manifestam repudiando o ato de racismo.
Rousseff foi uma das primeiras a se manifestar via Twitter, repudiando o ato. “Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru. Ao sair do jogo, Tinga disse q trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso, hoje o Brasil inteiro está #FechadoComOTinga, porque o esporte não pode ser mais palco para o preconceito”, disse Rousseff.
Minutos após a manifestação de Rousseff, Joseph Blatter, também se posicionou: “Faço coro com Dilma ao condenar o episódio de racismo envolvendo Tinga, do Cruzeiro. A Fifa é contra todo ato de discriminação”.
Ainda na última sexta-feira, por meio de uma nota oficial no site da CBF, José Marin desaprovou o episódio e aconselhou que a Conmebol aja de forma enérgica para combater o racismo.
O Bahia publicou uma imagem no seu Twitter oficial do seu escudo desenhados nas cores preto e branco, com os dizeres “Somos Iguais”. “Esquadrão também se solidariza ao meio-campista Tinga, do Cruzeiro, e adere ao Movimento Somos Todos Iguais”, disse o comunicado.
As manifestações seguiram neste fim de semana pelos campeonatos regionais. No Mineirão Chevrolet e no Paulistão Chevrolet foi respeitado um minuto de silêncio antes do início das partidas, em homenagem ao jogador do Cruzeiro.
A torcida do Atlético-MG também apoiou o jogador durante o clássico diante do Cruzeiro deste domingo. Os torcedores levaram faixas em apoio ao meia do clube rival.