A Fórmula 1 de 2014 começou no domingo passado (16) com uma série de mudanças nas regras. Menos trocas de motor durante a temporada, mais trocas de caixas de câmbio, carros mais pesados, pontuação dobrada na última prova para evitar que a competição seja decidida antes do fim, enfim, uma verdadeira revolução para frear a sequência de títulos da Red Bull Racing. Mas, no aspecto comercial, uma característica dos patrocínios permanece intacta: a maior parte das empresas que investem em automobilismo trabalham com automobilismo.
A Máquina do Esporte mapeou os patrocinadores das 11 equipes que participam da temporada que iniciou no GP da Austrália com vitória do alemão Nico Rosberg, da Mercedes-Benz, no último domingo. São 243 acordos, entre patrocínio máster, patrocínio, apoio, fornecimento, como queira chamar. Que fique claro: o levantamento leva em consideração apenas a quantidade de parcerias, e não os valores envolvidos em cada uma delas.
Das 243 parcerias, mais de 50% foram feitas por empresas que têm no automobilismo parte de seu negócio principal. A Pirelli é um exemplo: a companhia italiana fabrica pneus e os fornece para todas as equipes. A participação na Fórmula 1, portanto, endossa o próprio produto. É o caso de fabricantes de peças para automóveis, montadoras, empresas de engenharia, tecnologia, pintura, produtos automotivos e também de petroleiras, como a brasileira Petrobras, que vai fornecer combustível para a Williams a partir de 2015.
Esta é uma característica do automobilismo que é bem mais fraca em outras modalidades esportivas. Times de futebol, futebol americano, rúgbi, basquete, vôlei e outros esportes costumam fechar parcerias com fabricantes de materiais esportivos, como Nike, Adidas e Puma, para que elas sejam suas fornecedoras oficiais, mas em geral esses clubes têm mais patrocinadores que configuram como “meros anunciantes” do que fornecedores.