Passada uma semana da reunião do Clube dos 13, quando um grupo composto por São Paulo, Flamengo, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-MG abandonou o encontro da entidade, o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, admitiu que ainda não definiu quem vai apoiar na eleição do próximo mês. ?Na ocasião, a gente tinha acabado de assumir a diretoria do clube e não estávamos totalmente interados das discussões. Apesar de concordar com diversos pontos defendidos pelo grupo, preferimos ficar ao lado da maioria. Agora, ainda não marcamos nossa posição no que diz respeito à escolha do novo presidente?, afirmou o dirigente à Máquina do Esporte. Os cinco dissidentes defendiam alterações no estatuto do Clube dos 13 que diminuiriam o poder do atual presidente Fábio Koff. Além disso, eles não concordaram com a mudança que dá o mesmo peso aos votos de todos os associados da entidade. A reportagem da Máquina do Esporte apurou que o Santos, outra agremiação que apoiou a atual diretoria, vê no racha a possibilidade de integrar o grupo dos clubes que recebem a maior parte do rateio da cotas de televisão, quando as negociações ganharem força, no próximo ano. Por isso, os dirigentes santistas optaram por ficar ao lado de Koff. A chapa da situação que vai concorrer à reeleição deve ser composta pelo atual mandatário, ficando a vice-presidência, muito provavelmente, com o presidente do Palmeiras, Afonso Della Monica. Com isso, ex-presidente Mustafá Contursi deixaria de ser o representante palmeirense do Clube dos 13. ?Estamos todos juntos para a eleição que vai acontecer na próxima reunião. O outro grupo decidiu ir contra os interesses coletivos e tomaram a decisão de romper com todos?, apontou Della Monica. O ex-presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, explicou que os cinco clubes dissidentes ainda permanecem unidos e discutindo formas de tentar reverter a situação de momento. No entanto, o dirigente descartou a possibilidade de o grupo deixar o Clube dos 13. Para o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo del Nero, o racha do Clube dos 13 pode se tornar prejudicial a todos. Mesmo assim, o dirigente não vê possibilidades de que o movimento dos dissidentes possa respingar no contrato de TV da entidade com a Globo.